page view

Grávida sacrifica gémeos siameses para salvar o filho

Casal esperava trigémeos quando lhes foi dito que os três bebés não iriam sobreviver.

23 de agosto de 2017 às 11:58

Jemma Haig, de 20 anos, e o noivo, Murrai McKirdy, ficaram eufóricos quando descobriram que iam ser pais de três bebés. A jovem escocesa estava grávida e, numa ecografia de rotina, foi-lhe revelado que tinha três embriões a desenvolver-se no útero. O sonho depressa se tornou em pesadelo, quando o casal foi informado de que os três bebés não iriam sobreviver.

À medida que a gravidez de Jemma se foi desenvolvendo, nova ecografia mostrou que Jemma tinha dois sacos amnióticos: num deles desenvolvia-se um bebé e no outro estavam gémeos siameses.

Os gémeos estavam juntos na zona do peito e, por isso, partilhavam o mesmo coração, sistema respiratório e digestivo. O casal ficou destroçado quando lhe foram dadas as duas hipóteses que tinham: ou abortavam os gémeos siameses, ou perdiam os três bebés.

"Eu só não queria que sofressem. Pensámos muito e decidimos fazer um aborto seletivo dos nossos bebés siameses. Não conseguia pensar que eles podiam estar a sofrer. Disseram-nos logo que havia alto risco de eu perder os três bebés durante a operação. E que o nosso bebé poderia nascer prematuro, mas rezámos muito e pedimos que tudo corresse bem", relata Jemma.

A mulher submeteu-se ao procedimento e cumpriu 32 semanas de gravidez sem qualquer problema médico. Foi aí que tudo se complicou ainda mais: Jemma teve uma hemorragia grave e teve que ser internada de urgência num hospital de Edimburgo.

Passaram vários dias e a hemorragia não parava. Os médicos suspeitavam que se tratasse de uma rutura na placenta, porque a jovem continuava a perder sangue. Temendo perder o filho, Jemma submeteu-se a uma cesariana de emergência.

O pequeno Thomas nasceu com um 1,8 kg e foi imediatamente internado numa unidade de cuidados neonatais, por suspeitas de sépsis e problemas respiratórios.

Passadas três semana o menino teve alta e foi para casa com os pais e a irmã, Abigail, de três anos.

Thomas está bem e a crescer com saúde, e por isso, os pais querem agora participar numa maratona de apoio a uma associação que presta auxílio a bebés prematuros e às suas famílias. "Queremos angariar dinheiro para a associação Bliss. Ajudaram-nos muito nos tempos difíceis que passamos em hospitais e queremos que continuem o trabalho tão importante que fazem junto a famílias com bebés prematuros", afirma Jemma.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8