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Greves nos comboios no Reino Unido perturbam regresso após férias do Natal

Network Rail, gestora da rede ferroviária, apelou aos britânicos para "só viajarem se for absolutamente necessário".

03 de janeiro de 2023 às 14:41

Os funcionários do setor ferroviário britânico retomaram esta terça-feira as greves iniciadas no ano passado, perturbando o regresso ao trabalho após as férias de Natal e o feriado de ano novo cumprido na segunda-feira.

Cerca de metade das linhas ferroviárias do Reino Unido estão fechadas, e apenas 20% dos serviços estão a funcionar devido à greve dos membros do sindicato dos Caminhos-de-Ferro, Marítimos e Transportes (RMT), que também vão parar na quarta-feira, sexta-feira e sábado.

Em algumas partes do país, incluindo a maior parte da Escócia e do País de Gales, os serviços ferroviários estão totalmente suspensos.

Entretanto, os maquinistas do sindicato Aslef vão fazer greve na quinta-feira. 

A gestora da rede ferroviária, Network Rail, apelou aos britânicos para "só viajarem se for absolutamente necessário".

Em causa estão reivindicações por melhores condições de trabalho e salários, mas o Governo britânico alega que as exigências de aumentos próximos da taxa de inflação de 10,7% são insustentáveis.

O ministro dos Transportes, Mark Harper, instou os líderes sindicais a virem à mesa das negociações e alegou que está na mesa uma "oferta salarial muito justa".

Mas o líder do RMT, Mick Lynch, já recusou tal proposta.

"O que continuamos a ouvir são as mesmas coisas do Governo em todos os setores que querem facilitar um acordo, mas na realidade não fazem nada", afirmou Mick Lynch, em declarações à estação britânica Sky News.

As companhias ferroviárias e o Governo argumentam que precisam de mudar a forma como a rede ferroviária funciona para controlar os custos, uma vez, segundo sustentam, a pandemia de covid-19 reduziu o volume de tráfego de passageiros.

Mas os trabalhadores ferroviários, tal como outros que trabalham no setor público, afirmam que os salários não estão a acompanhar o ritmo do aumento do custo de vida, que disparou sobretudo devido ao custo da energia e da alimentação.

Enfermeiros, funcionários dos aeroportos, motoristas de ambulâncias e de autocarros e trabalhadores dos correios também fizeram greve em dezembro e vários têm novas paralisações previstas para o mês em curso.

Motoristas de ambulâncias anunciaram greves para os dias 11 e 23 de janeiro e os enfermeiros para 18 e 19 de janeiro, ameaçando intensificar a pressão sobre os hospitais britânicos, já em dificuldades devido ao número elevado de casos de gripe.

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