A edição de hoje
Turistas do mundo inteiro, que anualmente invadem o Rio de Janeiro no Carnaval e não se contentam em simplesmente assistir aos desfiles, são presença cada vez mais constante entre os passistas das escolas de samba e não precisam nem saber sambar. Fonte de renda nada desprezível para as agremiações, eles pagam pelo direito de estarem no meio das mulatas e dos carros alegóricos.
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Nas principais escolas de samba do Rio, uma fantasia das mais simples para turista custa em média 400 euros, podendo, dependendo da escola e da fantasia, custar um pouco menos ou muito mais. Além disso, eles pagam para terem o direito de desfilar e, os que querem tentar fazer bonito, ou menos feio, ainda pagam por aulas de samba.
Muitos turistas reclamam dos preços, até porque o euro e o dólar, por exemplo, estão bastante desvalorizados no Brasil, mas a realização do sonho de desfilar numa escola de samba compensa o sacrifício financeiro.
Antes do desfile, eles recebem algumas noções de como desfilar, para, pelo menos, não atravessarem o caminho dos outros e estragarem tudo. Alguns levam a coisa a sério e tentam entrar no espírito da escola, mas outros não querem saber de mais nada a não ser ficar perto das maravilhosas mulheres quase nuas que fazem parte do desfile e esquecem completamente todas as orientações que receberam e os fiscais de pista e harmonia têm que chamá-los à realidade para a escola não ser prejudicada.
Durante muito tempo, só desfilava quem realmente tinha samba no pé, e os chamados "grincos" ficavam de fora.
A partir do momento que o Carnaval passou a ser, além de um grande espectáculo, um negócio altamente lucrativo, as escolas de samba viram nos estrangeiros uma nova fonte de renda e passaram a aceitar foliões oriundos do mundo inteiro, distribuídos no meio das diversas alas de cada agremiação, para darem o maior lucro possível sem atrapalharem o desenvolvimento do enredo.
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