Vítima foi forçada a beber álcool e que o seu gestor a agrediu sexualmente num quarto de hotel.
O gigante chinês do comércio eletrónico Alibaba disse hoje que despediu um gestor acusado de agressão sexual e prometeu fortalecer a política contra o assédio, depois de uma funcionária ter acusado a empresa de suprimir a sua denúncia.
A funcionária, não identificada, tornou público este fim de semana a alegada agressão sexual por um gestor e um cliente durante uma viagem de negócios, de acordo com a imprensa estatal.
Segundo ela, foi forçada a beber álcool e que o seu gestor a agrediu sexualmente num quarto de hotel. A funcionário contou ainda ter sido alvo de abusos por parte do cliente, mas que o gestor ignorou.
A funcionária disse que a empresa não levou o assunto a sério após ter denunciado a agressão e que foi informada de que o suspeito não seria demitido da empresa, segundo o seu relato.
Em comunicado, o chefe executivo do Alibaba, Daniel Zhang, disse hoje que o agressor acusado - que trabalha na unidade de negócios Retalho da Vizinhança - confessou ter tido "atos íntimos" com a funcionária enquanto ela estava embriagada.
Zhang disse que o gestor foi demitido por violar gravemente a política da empresa.
O seu nome não foi identificado.
"Se ele cometeu violação ou atos indecentes que infringiram a lei, isto será determinado pela justiça", disse Zhang.
O presidente da unidade de negócios de Retalho da Vizinhança e o chefe do departamento de recursos humanos da unidade renunciaram também após assumirem responsabilidade pela gestão incorreta do caso.
"Quando a funcionária relatou um ato horrendo, como violação, eles não tomaram decisões oportunas nem as medidas adequadas", apontou Zhang.
Zhang prometeu acelerar a formação de uma política contra o assédio sexual com "tolerância zero para a má conduta sexual".
O chefe executivo da Alibaba acrescentou que haverá formação sobre a proteção dos direitos e interesses dos funcionários, e que um canal dedicado a denúncias será estabelecido.
A empresa disse no domingo que está a trabalhar com a polícia para investigar o incidente.
A polícia de Jinan, a capital da província de Shandong, disse em comunicado que está a investigar um caso envolvendo a violação de uma funcionária do Alibaba.
O Alibaba foi criticado pela imprensa oficial por agir apenas depois de a vítima ter tornado as acusações públicas.
"O público está a perguntar por que a empresa demorou tanto para responder ao incidente ocorrido em 27 de julho", disse em editorial o Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês.
Na Bolsa de Valores de Hong Kong, o preço das ações do Alibaba fechou a cair 2,48% para os 188,70 dólares de Hong Kong (20 euros).
O escândalo surge poucos meses depois de os reguladores terem multado o Alibaba num valor recorde de 2,8 mil milhões de dólares (quase 2,4 mil milhões de euros) por comportamento monopolista.
Pequim reforçou o escrutínio sobre as firmas tecnológicas do país, após anos de rápido crescimento.
O movimento global #MeToo contra o assédio sexual nos últimos anos também cresceu na China, com acusações feitas contra vários académicos, um apresentador da televisão e celebridades, embora as condenações sejam escassas.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.