"Temos o instrumento, o COVAX, mas a determinação necessária não está a ser contribuída para ele", considerou o secretário-geral da ONU.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou esta sexta-feira a uma resposta "solidária" do G20, desprovido de interesses "nacionalistas ou egoístas" para combater o que denunciou como a distribuição "inaceitavelmente injusta" da vacina de covid-19 aos países mais pobres.
"Temos o instrumento, o COVAX, mas a determinação necessária não está a ser contribuída para ele", disse Guterres ao Fórum Virtual de Soluções Globais, referindo-se ao Fundo de Acesso Global para Vacinas Covid-19.
"As mutações mais agressivas ameaçam tornar-se dominantes", advertiu Guterres, num discurso ao fórum virtual, centralizado a partir da Alemanha e que foi dirigido pela chanceler alemã, Angela Merkel, e pelo primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, o atual presidente do G20, grupo formado pelas 20 maiores economias do mundo.
O secretário-geral das Nações Unidas também recordou que os países menos desenvolvidos estão a receber uma percentagem mínima da quantidade total de vacinas produzidas em todo o mundo.
Guterres insistiu em "coordenar esforços" e a organizar um "plano global" face a uma evolução da pandemia que descreveu como "dramática" para países com acessos mais fracos à vacina.
Merkel subscreveu a posição de Guterres e insistiu, na abertura das sessões de hoje, no seu empenho no multilateralismo face aos grandes desafios globais, seja na luta contra a pandemia ou contra a crise climática.
A chanceler alemã defende um acesso mais amplo às vacinas, testes e medicamentos mas, ao mesmo tempo, procura "proteger as patentes" e "manter os incentivos para as empresas investirem em investigação e desenvolvimento muito alto".
A líder alemã recordou, por fim, que na presidência rotativa alemã, em 2017, o G20 já tinha incluído a questão da saúde na sua agenda.
"Deveríamos ter agido de forma mais consistente sobre essa questão. Embora, obviamente, nessa altura não tivéssemos podido imaginar a situação com que nos veríamos confrontados", admitiu hoje.
Mario Draghi, numa intervenção telemática em paralelo com a de Merkel, considerou que a União Europeia precisa de "mais soberania partilhada" e estava convencido de que a pandemia tinha ajudado a demonstrar a necessidade de integração.
O primeiro-ministro italiano concordou com Merkel que os grandes desafios de hoje, tais como o a pandemia e as alterações climáticas, exigem uma resposta multilateral e reconheceu que "a pandemia expôs os défices da globalização", na medida em existe uma discrepância industrial grande que afeta e fragiliza os países mais pobres.
"O mundo precisa do mundo e não de um conjunto de nações separadas", disse Draghi, apelando para uma "ação decisiva" contra este problema, algo que está a "agravar as desigualdades existentes".
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