135 eram mulheres e homens que trabalhavam para a Agência para os Refugiados da Palestina.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, homenageou esta quinta-feira os 188 funcionários das Nações Unidas que morreram em 2023 no cumprimento de funções e reiterou os apelos pela responsabilização por cada uma dessas mortes.
No memorial anual para homenagear todos os funcionários das Nações Unidas que perderam a vida "ao serviço da paz", e na presença de familiares dessas vítimas, Guterres frisou que do total de 188 trabalhadores mortos, 135 eram mulheres e homens que trabalhavam para a Agência para os Refugiados da Palestina (UNRWA) e que foram mortos pelas operações israelitas contra o Hamas em Gaza.
"Este é, de longe, o número mais elevado do nosso pessoal morto num único conflito ou catástrofe natural desde a criação das Nações Unidas -- uma realidade que nunca poderemos aceitar", defendeu.
O secretário-geral recordou as circunstâncias em torno dessas mortes, sublinhando que alguns foram mortos com as suas famílias em bombardeamentos contra as suas casas e que outros estavam a trabalhar em escritórios ou em abrigos quando foram atingidos.
"Repito o meu apelo a uma prestação de contas completa de cada uma destas mortes. Devemos isso aos seus familiares e amigos, aos seus colegas e ao mundo", afirmou.
"O nosso pessoal da UNRWA viveu e morreu como representantes da comunidade internacional em Gaza, e essa comunidade merece uma explicação", insistiu Guterres.
O ex-primeiro-ministro português explicou que o protocolo da ONU dita que seja dado o consentimento dos familiares para a inclusão dos nomes das vítimas no serviço de memorial.
Contudo, não foi possível contactar muitos dos familiares dos trabalhadores da UNRWA, "porque foram mortos ou forçados a abandonar as suas casas por operações militares israelitas", disse.
Entre os mortos em Gaza estão professores, motoristas, médicos, sanitaristas, vigilantes, farmacêuticos, auxiliares administrativos, entre outros.
"Eles eram mães, pais, filhos, filhas, maridos, esposas. Eles eram nossos colegas. Eles eram nossos amigos. Pessoalmente, estou devastado porque, apesar dos nossos melhores esforços, não conseguimos proteger o nosso pessoal em Gaza", lamentou.
O pessoal das Nações Unidas que perdeu a vida em 2023 era proveniente de um total de 37 países e de 18 entidades diferentes das Nações Unidas, e inclui militares, polícias e civis.
"Eles eram a personificação das Nações Unidas. Eles eram o multilateralismo em ação. E eles fizeram o sacrifício final por essa causa", assinalou.
Numa cerimónia em que se fez um minuto de silêncio pelas vítimas, o líder da ONU frisou que, num mundo dividido como o de hoje, os valores das Nações Unidas são mais importantes do que nunca.
"Apesar das nossas diferenças, todos devemos concordar que aqueles que servem estes valores sob a bandeira da ONU têm direito à proteção", apelou.
António Guterres prometeu que a organização fará o seu melhor para fornecer apoio adequado aos familiares sobreviventes, que irá rever e melhorar os padrões de segurança e que manterá vivas as memórias dos que perderam a vida.
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