Rebeldes do Iémen atacaram navios norte-americanos.
Os rebeldes xiitas Houthis do Iémen anunciaram este sábado que lançaram um ataque generalizado com vários mísseis navais e 37 'drones' contra navios mercantes e navios militares norte-americanos no Mar Vermelho e no Golfo de Aden.
O porta-voz dos Houthis, Yehya Sarea, disse nas redes sociais que se trata da maior operação do grupo pró-iraniano desde o início da guerra na Faixa de Gaza, há cinco meses.
Referiu que o grupo atacou "com vários mísseis navais adequados o navio norte-americano 'Propel Fortune' no Golfo de Áden".
Numa segunda operação, "visou vários navios de guerra norte-americanos no Mar Vermelho e no Golfo de Áden com 37 'drones'".
"As duas operações atingiram com sucesso os seus objetivos, graças a Deus", disse o porta-voz dos houthis sem especificar, segundo a agência espanhola EFE.
Sarea reiterou que os ataques "vão continuar em resposta à opressão do povo palestiniano e à agressão americano-britânica" contra o Iémen.
O porta-voz não baixou o tom ameaçador em relação à navegação no Mar Vermelho, uma via fluvial estratégica para o comércio mundial.
O grupo "continuará as operações militares (...) até que a agressão e o cerco contra o povo palestiniano na Faixa de Gaza terminem", reiterou.
As declarações dos houthis surgem depois de o Comando Central dos Estados Unidos no Médio Oriente (Centcom) ter anunciado que tinha impedido um ataque "em grande escala" dos rebeldes pró-iranianos.
O Centcom disse que foram abatidos 15 'drones' que visavam navios da coligação e navios mercantes no Mar Vermelho e no Golfo de Áden, sem fazer referência ao "Propel Fortune".
A agência de operações da Marinha britânica (UKMTO) anunciou na sexta-feira que um navio que navegava ao largo de Áden tinha relatado duas explosões "à sua frente", mas que a embarcação e a tripulação estavam seguras.
Os Houthis, apoiados pelo Irão, controlam grande parte do norte e oeste do Iémen desde que pegaram em armas em 2014 contra o Governo iemenita reconhecido internacionalmente.
Desde 19 de novembro, lançaram dezenas de ataques contra navios mercantes no Mar Vermelho e no Mar da Arábia, bem como contra Israel, em retaliação pela ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Os rebeldes têm reiterado repetidamente que os bombardeamentos dos Estados Unidos e do Reino Unido contra as suas posições nas últimas semanas para proteger a navegação não os impedirão de continuar as operações militares na região.
Os ataques dos Houthis intensificaram-se nas últimas semanas, depois de terem sido classificados pelos Estados Unidos como um grupo terrorista.
O líder dos rebeldes, Abdelmalek al Houthi ameaçou com "novas surpresas" na quinta-feira, e disse que o grupo fez 96 ataques contra 61 navios nos últimos cinco meses, após o início da guerra em Gaza.
Israel e o Hamas estão em guerra desde 7 de outubro, quando operacionais do grupo islamita palestiniano fizeram um ataque sem precedentes em solo israelita.
As ações dos Houthis obrigaram muitos armadores a suspender a passagem pelas rotas marítimas do Mar Vermelho.
Segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), o transporte marítimo de contentores através do Mar Vermelho diminuiu quase 30% num ano.
Antes da guerra, entre 12% e 15% do tráfego mundial passava pela rota do Mar Vermelho, de acordo com a União Europeia.
Em guerra há mais de uma década, o Iémen é considerado o país mais pobre da Península Arábica.
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