Polícia Federal acusa ex-presidente brasileiro de ter forjado o documento para poder entrar nos EUA, para onde fugiu um dia antes do final do seu mandato.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por ter falsificado o seu boletim de vacinas na época da pandemia da Covid-19. Bolsonaro foi incriminado por, segundo a PF, que investigou o caso durante mais de um ano, ter forjado ter tomado a vacina contra o Coronavírus para poder entrar nos EUA, para onde fugiu um dia antes do final do seu mandato, em dezembro de 2022, receando ser preso assim que o governo de Lula da Silva, que o derrotou nas presidenciais desse ano, tomasse posse.
O antigo presidente foi incriminado por crime de participação em organização criminosa e crime de inserção de dados falsos em sistema público. A investigação diz ter provas de que pessoas ligadas a Bolsonaro inseriram no sistema do Ministério da Saúde dados mostrando que o então ainda presidente tinha tomado a vacina contra a Covid-19, exigida nos Estados Unidos, quando, na verdade, jamais tomou o imunizante, contra o qual fez campanha ao longo do seu mandato, chegando a dizer que os homens que se vacinassem perderiam a masculinidade e poderiam transformar-se em jacarés e no caso das mulheres, que lhes nasceria barba.
Além desta ação em que agora foi incriminado, Jair Bolsonaro, já tornado inelegível até 2030, é alvo ainda de mais de duas dezenas de processos no STF, Supremo Tribunal Federal, e no TSE, Tribunal Superior Eleitoral, e a crescente possibilidade de ser preso no âmbito de um deles fez o ex-presidente pedir publicamente durante um ato de apoio em São Paulo que o Congresso promulgue uma amnistia que o indulte de qualquer eventual condenação. Agora, o Ministério Público vai ter de dizer se concorda com a acusação e, se concordar, terá de enviar o processo para a justiça, a quem caberá tornar ou não arguido o antigo chefe de Estado.
Além de Bolsonaro, a Polícia Federal incriminou outras pessoas que participaram na falsificação do boletim de vacinas do ex-presidente. Entre elas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante-de-ordens da presidência, que no ano passado ficou preso por vários meses acusado de ajudar o antigo chefe em outros crimes, e que foi libertado no final de 2023 após ter passado a colaborar com a justiça fornecendo informações preciosas, inclusive contra Bolsonaro, em troca de redução de penas em futuras condenações.
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