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Jair Bolsonaro nomeia um general para número 2 do Ministério da Saúde

Especialista em logística será o novo secretário Executivo da Saúde, o equivalente no Brasil a secretário de Estado da Saúde.

23 de abril de 2020 às 16:59

Um general de divisão, Eduardo Pazuello, foi o escolhido pelo presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, para ser o número 2 do Ministério da Saúde. Pazuello, um especialista em logística, será o novo secretário Executivo da Saúde, o equivalente no Brasil a secretário de Estado da Saúde.

Com a nomeação de mais um general para o seu governo, Bolsonaro mantém a decisão de militarizar cada vez mais o executivo, onde o número de generais, almirantes, brigadeiros e coroneis em postos chave já é maior do que nos governos militares que comandaram o Brasil com mão de ferro entre 1964 e 1985. Obcecado com teorias de conspiração e o temor de que tentem derrubá-lo do cargo, o presidente recorre cada vez mais a militares que, além de considerar leais, têm uma noção muito acentuada de disciplina e hierarquia, que evita ao presidente o constrangimento de ser contestado ou não ser obedecido.

O novo ministro da Saúde, o médico oncologista Nelson Teich, nomeado semana passada depois de o seu antecessor, Luiz Henrique Mandetta, ser demitido por não aceitar a determinação de Bolsonaro de orientar o fim das medidas de distanciamento social adoptadas por estados e cidades contra o avanço do Coronavírus, não teve como evitar a nomeação do militar como seu principal assessor. Aliás, o próprio Teich foi nomeado com a missão de combater o avanço do Coronavírus mas também de promover a reabertura do comércio e das empresas, como Bolsonaro exige insistentemente.

A favor de Pazuello, afirmam militares com quem serviu em várias situações, está o que os antigos colegas classificam como a grande capacidade de empreender. Vários avaliaram o general como um "fazedor", um militar determinado e disciplinado que costuma ser chamado para resolver situações delicadas, o que não quer dizer que repita o mesmo sucesso de antes na Saúde, uma área que desconhece.

E a missão que ele tem para ajudar a resolver não é nada pequena. De acordo com o mais recente boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde, apesar de ainda não ter atingido o ponto mais crítico da pandemia de Coronavírus, o Brasil já regista mais de 45 mil pessoas infectadas e 2906 mortas pela Covid-19.

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