Crime aconteceu no centro da capital quando o jovem estava a sair de casa.
Um jovem de 22 anos foi raptado esta quinta-feira, à porta de casa, no centro de Maputo, por quatro elementos munidos de armas de fogo que efetuaram um disparo, confirmou fonte da Polícia da República de Moçambique (PRM).
"Os criminosos efetuaram um disparo de intimidação, o que permitiu que se arrastasse a vítima até à viatura, colocando-se em fuga", declarou aos jornalistas o porta-voz da PRM na cidade de Maputo, Leonel Muchina.
O crime aconteceu no centro da capital moçambicana pelas 8h30 locais (6h30 em Lisboa), quando o jovem estava a sair de casa.
Leonel Muchina acrescentou que neste momento decorre o "cruzamento de informação" com o Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic), para chegar aos raptores.
Trata-se do segundo rapto conhecido em Maputo desde o início deste ano, sendo que as vítimas permanecem em cativeiro.
Leonel Muchina acrescentou que a PRM está a apelar às comunidades para participarem "alguma movimentação atípica", por poder tratar-se de uma situação de "cativeiro".
As autoridades de Moçambique detiveram em 26 de fevereiro duas pessoas suspeitas de envolvimento em dois raptos ocorridos na capital, anunciou anteriormente o Sernic.
"Eles foram detidos indiciados pela prática do crime de rapto, (...) um foi detido no dia 17 e o outro no dia 22 deste mês", disse o porta-voz do Sernic, Hilário Lole, durante uma conferência de imprensa.
A detenção dos dois homens aconteceu a partir de informações fornecidas por um outro suspeito de rapto, também detido, apresentado na semana anterior pelas autoridades.
O Sernic avançou então que decorrem trabalhos para deter os outros raptores, referindo que alguns já foram identificados, faltando ainda a sua localização e detenção.
A onda de raptos em Moçambique começou em 2011, afetando, sobretudo, empresários e seus familiares, sendo frequentemente confirmada a participação de polícias e magistrados, entre outros, nestas redes, com ramificações que se estendem até à vizinha África do Sul.
Após um período de relativa estabilidade, os casos voltaram a ser registados nos últimos anos, principalmente nas capitais provinciais, com destaque para Maputo.
Em 11 de fevereiro, um outro empresário foi raptado na cidade de Maputo a poucos metros da Casa Militar, quartel responsável pela guarda do Presidente, o segundo concretizado este ano até ao momento.
Em 16 de janeiro, um gestor de uma loja de venda de mobília foi ferido no abdómen durante uma tentativa de rapto frustrada por populares que atiraram pedras contra os autores do crime, disse então à Lusa o porta-voz da polícia em Maputo.
Desde janeiro de 2023, as autoridades moçambicanas detiveram 38 pessoas envolvidas na onda de raptos no país, que registou um total de 13 casos no mesmo período, segundo dados oficiais.
As autoridades moçambicanas admitiram, por várias vezes, o envolvimento de membros da polícia e de magistrados nestes crimes, cujas ramificações se estendem até à vizinha África do Sul, país com o qual Moçambique tem fortes relações.
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