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Juiz recusa mandar prender Puigdemont

Supremo espanhol negou pedido para reativar mandado de detenção durante visita à Dinamarca.

23 de janeiro de 2018 às 08:48

O Supremo Tribunal espanhol rejeitou um pedido urgente da Procuradoria-Geral do Estado para reativar o mandado europeu de detenção contra o líder separatista catalão Carles Puigdemont, que ontem abandonou o seu refúgio em Bruxelas para participar num debate na Dinamarca.

O juiz Pablo Llarena considerou que tudo não passava de um estratagema de Puigdemont para ser detido e assim culpar o Estado espanhol e a Justiça pela sua ausência no debate de investidura no Parlamento catalão, na próxima semana.

Apesar de considerar "razoável" o pedido da Procuradoria para reativar o mandado europeu de detenção por se tratar de um fugitivo à Justiça, o juiz Llarena preferiu adiar a medida para não prejudicar a "ordem constitucional e o normal funcionamento" do parlamento catalão.

O magistrado considerou "remoto" o interesse académico da deslocação de Puigdemont à Dinamarca, afirmando que a viagem não passa de uma "provocação" do ex-líder do governo catalão para forçar a sua detenção e assim justificar a sua ausência no debate de investidura, uma vez que sabe da "impossibilidade legal" de ser investido à distância por videoconferência.

Mais, explicou, se Puigdemont fosse detido, poderia exigir delegar o seu voto tal como fizeram os três deputados que se encontram em prisão preventiva.

Parlamento confirma candidatura

Apesar de reconhecer a "situação pessoal e judicial" de Puigdemont, exilado em Bruxelas, Torrent mantém que o cabeça de lista do Juntos Pela Catalunha tem "absoluta legitimidade" para ser candidato à chefia do governo catalão.

Mossos tentaram destruir alerta

Os Mossos D’Esquadra negaram ter recebido o aviso, mas o alerta foi encontrado entre os documentos que agentes tentaram destruir após o referendo.

PORMENORES 

A "sombra de Franco"

Puigdemont aproveitou o debate na Universidade de Copenhaga para denunciar mais uma vez as "violações do Estado de Direito" cometidas pelo Estado espanhol, arremeter contra "a sombra de Franco" que leva a encarcerar "presos políticos" e criticar a UE por "olhar para o outro lado".

Admite referendo nacional

Puigdemont garantiu que a Catalunha terá novo governo independentista "em breve" e admitiu, pela primeira vez, que um referendo em toda a Espanha "poderia ser uma boa solução".

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