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Lagerfeld: o kaiser mais excêntrico da moda

Afirmava ser o homem mais superficial do mundo e que os livros eram a tragédia da sua vida.

19 de fevereiro de 2019 às 13:10

O mundo da moda acaba de perder uma das suas maiores figuras. O designer de moda, fotógrafo, cineasta, editor e diretor criativo da Chanel Karl Lagerfeld morreu esta terça-feira, num hospital em Paris. Tinha 85 anos. Conheça algumas das excentricidades do estilista alemão, cuja imagem de marca eram os óculos escuros, fato preto, camisa branca com grandes colarinhos, gravata preta, cinto com fivela de brilhantes e corrente presa às calças justas.

Fútil e superficial 

O episódio marcou-o para sempre: quando o tio preferido o levou a dar um passeio pela cidade e lhe perguntou quem era o famoso poeta da estátua, Karl, na altura com 10 anos, não soube responder.

Em fúria, o tio deu-lhe a primeira e última bofetada na cara que receberia na vida e levou-o para casa pelo braço, entregando-o num empurrão à mãe e gritando: "Esta criança é tão fútil e superficial quanto tu!" O estilista alemão, que a imprensa tratava por kaiser (imperador), continuou a afirmar-se como "a pessoa mais superficial do planeta". Mas, se a criança excêntrica herdou da mãe o interesse precoce pela moda e o sentido de estilo, aquele estalo que o tio lhe pregou no meio da rua daria início a uma paixão insaciável pela leitura.

"Sou completamente louco por livros", disse Karl Lagerfeld em entrevista à The Magazine do Daily Telegraph. "É uma doença, da qual nunca vou ficar curado. Quero aprender tudo, quero saber tudo. Os livros são a tragédia da minha vida. Mas não sou um intelectual nem gosto da sua companhia", sublinha. "Eu sou o homem mais superficial do mundo."

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