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Líder do partido de Lula no Congresso pede a prisão imediata de Bolsonaro

De acordo com a argumentação do líder do Partido dos Trabalhadores, a prisão preventiva faz-se necessária para garantir a ordem pública.

22 de agosto de 2025 às 20:18

O líder do Partido dos Trabalhadores, PT, de Lula da Silva, no Congresso brasileiro, deputado Lindberg Farias, solicitou esta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF), a decretação imediata da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Bolsonaro já está há duas semanas em prisão domiciliária, mas Lindberg Farias protocolou no STF pedido para que essa prisão seja transformada em preventiva e que o ex-presidente seja enviado imediatamente para uma prisão.

De acordo com a argumentação do líder do PT, que nas últimas semanas tem comandado uma agressiva ofensiva contra o clã Bolsonaro e outros nomes da direita brasileira, a prisão preventiva faz-se necessária para garantir a ordem pública. Segundo o parlamentar, as reiteradas violações de Bolsonaro ás regras que lhe foram impostas pelo STF para lhe conceder o benefício da prisão domiciliária mostram que a justiça não está a conseguir contê-lo em casa, o que só acontecerá numa prisão comum.

Lindberg usa como justificativa do pedido o relatório divulgado quarta-feira pela Polícia Federal informando ao STF que Jair Bolsonaro, proibido de usar redes sociais, enviou mais de 300 mensagens na prisão domiciliária, conversou com outros arguidos no processo por tentativa de golpe de Estado, o que também lhe era vedado, e tinha um plano de fuga para a Argentina, descoberto num dos telemóveis que lhe foram apreendidos. O relator dos processos contra Bolsonaro, juiz Alexandre de Moraes, deu aos advogados do ex-presidente um prazo para responderem de forma convincente às denúncias da Polícia Federal, caso contrário decretará a prisão preventiva, e esse prazo termina às 20 e 34 desta sexta-feira, pelo horário brasileiro, 0 e 34 deste sábado pelo horário português.

Jair Bolsonaro é arguido no STF por tentativa de golpe de Estado, e o início do seu julgamento está marcado para o próximo dia 2 de Setembro. Mas Lindberg argumenta que não existe qualquer impedimento legal para a prisão de Bolsonaro antes do final do processo, e que a intensa articulação do ex-governante na prisão domiciliária recomenda esse pedido.

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