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Líderes nacionalistas da Catalunha presos por apoio ativo

Responsáveis da Òmnium e da Assembleia Nacional Catalã acusados de mobilizar a população “para impedir aplicação da lei” que proibiu o referendo.

18 de outubro de 2017 às 08:47

A juíza Carmen Lamela decretou a prisão preventiva, sem direito a fiança, dos líderes das associações separatistas Assembleia Nacional Catalã (ANC) e Òmnium Cultural. Jordi Sànchez e Jordi Cuixart são acusados de "impedir a aplicação da lei"e de promover protestos contra as forças da ordem espanholas com o intuito de "conseguir a celebração do referendo e a proclamação de uma república catalã".

A acusação baseia-se nos factos ocorridos a 20 e 21 de setembro, quando milhares de pessoas cercaram "dois edifícios" do governo autónomo para impedir a polícia espanhola de prender responsáveis catalães e de apreender documentos da organização do referendo ilegal de 1 de outubro. Durante o cerco foram vandalizados quatro carros da polícia e houve ameaças contra os agentes da ordem.

Os detidos incentivaram os manifestantes, e assumiram-se mesmo, refere a juíza, como "interlocutores da concentração" e, em pessoa ou através do WhatsApp, apelaram "a uma mobilização a favor do referendo e contra as atuações ordenadas judicialmente".

Enquanto na Catalunha milhares saíram à rua para protestar contra as detenções, o ministro espanhol da Justiça, Rafael Catalá, frisou que Sànchez e Cuixart não são "presos políticos", como diz o governo catalão e o Podemos, mas antes "políticos presos".

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