Juíza da Audiência Nacional Carmen Lamela considerou que o risco de fuga justifica entrada imediata dos oito arguidos na cadeia.
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A juíza da Audiência Nacional Carmen Lamela ordenou ontem a detenção incondicional dos oito ex-ministros catalães que foram depor por crimes de sedição, rebelião e malversação de fundos públicos. Entre os detidos conta-se o vice-presidente destituído do governo da Catalunha, Oriol Junqueras.
Paralelamente, o Ministério Público pediu a Lamela uma ordem de busca e captura nacional e internacional para Carles Puigdemont, o presidente catalão destituído, e para os quatro ex-ministros que se refugiaram com ele em Bruxelas para escapar à prisão.
Junqueras e os ex-ministros Jordi Turull, Raul Romeva, Josep Rull, Carles Mundó, Meritxell Borràs, Joaquim Forn e Dolors Bassa foram de imediato enviados para a prisão.
A exceção é Santi Villa, que se demitiu 24 horas antes de ser aprovada a declaração de independência no Parlamento da Catalunha. Pode ficar em liberdade mediante o pagamento de uma fiança de 50 mil euros.
A justificação da juíza para as detenções sem fiança dos restantes ministros foi o elevado poder de compra dos arguidos e o facto de outros imputados terem já escapado para o estrangeiro, referência clara a Puigdemont e aos quatro ex-ministros que estão com ele em Bruxelas.
Em relação a eles, o Ministério Público diz que foram feitas "tentativas reiteradas" para entregar-lhes as citações para depor mas foram ignoradas, assim como "as chamadas telefónicas". Por esse motivo pede a emissão de "ordens europeias de detenção e captura dirigidas às autoridades belgas".
Logo que as ordens cheguem à Bélgica, serão avaliadas por um juiz desse país, que decidirá a entrega dos líderes nacionalistas à Justiça de Espanha.
PORMENORES
Barça manifesta apoio
O Barcelona repudiou ontem o encarceramento dos líderes catalães num comunicado em que manifesta "solidariedade com os afetados e com as suas famílias". O clube de futebol destaca que "ações destas não contribuem para construir os caminhos do diálogo e do respeito".
Independência judicial
O presidente do governo autónomo da Extremadura, Guillermo Fernadéz Vara, do PSOE, considerou a detenção dos líderes catalães uma coisa má para os políticos, mas sublinhou que o poder judicial é independente e que as suas decisões devem ser respeitadas.
Risco de recessão
O Banco de Espanha alertou ontem que o agravamento da situação na Catalunha e o prolongamento da crise durante mais alguns meses arrisca lançar aquela região autónoma espanhola numa grave recessão. A crise ameaça também fazer cair o PIB de Espanha em pelo menos três décimas, diz o banco.
"Um erro muito grave e um atentado à democracia"
Numa mensagem transmitida pela TV3, Carles Puigdemont "exigiu", como "presidente legítimo" a libertação dos membros do governo catalão por considerar que foram detidos "por terem cumprido o programa aprovado pelo parlamento catalão".
Puigdemont classificou, por isso, as detenções como "um erro grave e um atentado à democracia" que revela a renúncia ao diálogo.
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