Pelo menos quatro pessoas morreram em 2019.
O secretário de Estado da Imigração britânico afirmou hoje, após uma reunião com autoridades francesas, que os dois países estão a analisar formas de reforçar os meios para impedir que migrantes atravessem o Canal da Mancha em pequenas embarcações.
Chris Philp disse, em declarações à Sky News, que Londres e Paris estão a trabalhar para "cortar completamente" a rota do Canal com o que chamou de "plano operacional conjunto", mas não deu detalhes e não houve comentários da parte dos franceses sobre o encontro com funcionários do Ministério do Interior em Paris.
Philp foi acompanhado pelo recém-nomeado Comandante para a Ameaça Clandestina do Canal da Mancha, Dan O'Mahoney, o qual deverá regressar a França na próxima semana para continuar as negociações.
Mais de 650 migrantes chegaram a Inglaterra em agosto, incluindo 235 que fizeram a travessia de 33 quilómetros num único dia da semana passada.
"As autoridades francesas estão a fazer um grande trabalho. Eles intercetaram mais de mil pessoas este ano até agora", disse o secretário de Estado britânico, que disse que "o número [de migrantes] que atravessam o Canal da Mancha é completamente inaceitável para o governo francês e inaceitável para o governo do Reino Unido, por isso é claro que mais precisa de ser feito".
Numerosos acordos foram assinados para impedir o fluxo de migrantes do norte da França para o sul de Inglaterra, o mais recente no mês passado.
A polícia britânica trabalhou durante anos na região francesa de Calais e o serviço de estrangeiros e fronteiras britânico ajuda a gerir um centro de coordenação conjunto em Coquelles, fora de Calais.
Grande parte da cooperação, incluindo com financiamento do Reino Unido, tem-se concentrado em impedir que os migrantes que se concentrem em Calais e Dunquerque para entrar furtivamente no Eurotúnel ou se escondam em camiões que atravessam o canal do Canal.
Mas o recurso com sucesso dos migrantes a pequenas embarcações, incluindo barcos de borracha e caiaques, para fazer a travessia mudou a aumentou a pressão britânica sobre França.
As autoridades marítimas francesas salvam regularmente migrantes em perigo, tendo 125 sido resgatados na semana passada.
Uma comparação entre aqueles salvos e aqueles que conseguiram atravessar parece refletir uma maior determinação de migrantes desesperados em arriscar a travessia e também uma oportunidade para traficantes de pessoas cobrarem quantias elevadas pelo lugar nos barcos.
Uma contagem das autoridades marítimas francesas no ano passado já indicava um aumento do número de tentativa de travessias, com mais de 2.700 migrantes resgatados no Canal da Mancha ou prestes a embarcar, mais de quatro vezes o número registado em 2018.
Marine Monjarde, porta-voz da Prefeitura Marítima no norte da França, disse que este ano, até ao final de julho, 4.192 migrantes tentaram atravessar o Canal em 342 barcos.
Mas o risco é elevado e pelo menos quatro pessoas morreram em 2019.
"Eles não conhecem o vento, as correntes, as marés. Eles geralmente levam muita carga, os barcos são geralmente mal equipados. Eles nem sempre têm coletes salva-vidas", disse Monjarde, porém continuam a tentar porque "veem a costa do outro lado e a distância parece curta".
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