Declarações surgem no dia a seguir ao presidente norte-americano, Donald Trump, não ter excluído a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela.
O presidente do Brasil, 'Lula' da Silva, alertou este sábado, durante a intervenção na abertura da cimeira do Mercosul, em Foz do Iguaçu, que "uma intervenção armada dos Estados Unidos na Venezuela seria uma catástrofe humanitária".
"Quatro décadas após a Guerra das Malvinas, o continente sul-americano é novamente assombrado pela presença militar de uma potência" estrangeira, afirmou o chefe de Estado brasileiro, acrescentando, citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP): "Uma intervenção armada na Venezuela seria uma catástrofe humanitária para o hemisfério sul e um precedente perigoso para o mundo".
As declarações de 'Lula' da Silva surgem no dia a seguir ao presidente norte-americano, Donald Trump, não ter excluído a possibilidade de uma guerra contra a Venezuela: "Não, não excluo essa possibilidade", afirmou em entrevista à NBC, gravada na quinta-feira e transmitida na sexta-feira.
Na quinta-feira, Lula tinha-se mostrado disposto a servir de mediador em prol de uma "solução pacífica" entre os Estados Unidos e a Venezuela para "evitar um conflito armado na América Latina".
Washington destacou um importante contingente militar para as Caraíbas desde o verão e realizou uma série de ataques contra embarcações de supostos traficantes de droga nas Caraíbas e no Pacífico.
Pelo menos 104 pessoas foram mortas nesses ataques desde o início das operações, sem que o governo americano tenha fornecido qualquer prova de que os navios visados estivessem realmente envolvidos em qualquer tipo de tráfico.
Trump anunciou ainda, no início da semana, um "bloqueio total" contra petroleiros sob sanções que se dirigissem para a Venezuela ou partissem de lá, ao mesmo tempo que tem deixado no ar, há semanas, a possibilidade de uma intervenção terrestre.
Os Estados Unidos acusam o presidente venezuelano Nicolás Maduro de liderar uma rede de tráfico de drogas, algo negado pelo chefe de Estado venezuelano.
A cimeira do Mercosul decorre este sábado em Foz do Iguaçu e assinala a passagem de testemunho do Brasil para o Paraguai, frustrada que está a possibilidade de assinatura do acordo comercial com a União Europeia.
Embora o Conselho Europeu tenha anunciado na quinta-feira que não tinha o apoio necessário para aprovar a assinatura do acordo já este sábado, tendo proposto adiá-la para 12 de janeiro no Paraguai, os chefes de Estado dos quatro países do Mercosul confirmaram a sua presença na cimeira.
Além do presidente anfitrião, os líderes da Argentina, Javier Milei, do Paraguai, Santiago Peña, e do Uruguai, Yamandú Orsi, marcaram presença em Foz do Iguaçu.
Apesar do aviso de Lula da Silva de que o Mercosul abandonaria o acordo se não fosse assinado este sábado, na reunião prévia da cimeira entre os ministros dos negócios estrangeiros da organização, realizada na sexta-feira, foi expressada desilusão com o adiamento, mas também a mensagem de que os países sul-americanos vão esperar que a UE supere as suas divergências.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.