Atuação da primeira-dama tem sido alvo de inúmeras críticas da imprensa, de opositores e até de aliados do presidente do Brasil pela frequência e pela agressividade com que age.
Fortemente criticado por não limitar a agressiva atuação política da esposa, a socióloga Rosangela da Silva, a Janja, Lula da Silva defendeu a mulher num direto que foi ao ar esta terça-feira, mas reconheceu implicitamente que ela interfere em assuntos do governo, mesmo não ocupando cargo algum por impedimento constitucional já que é casada com o chefe de Estado. Lula disse que a mulher dele não precisa de cargo para agir, pois sempre foi um agente político, e confirmou que ouve os conselhos que ela dá sobre assuntos do governo e que ela o ajuda nos momentos em que, como frisou, ele tem de tomar decisões angustiantes.
"Ela é um agente político. Ela era antes de eu a conhecer, continuou sendo quando eu a conheci, era agente político quando eu estava na prisão, foi agente político durante a campanha e tem de continuar a ser agente político. Ela não precisa de cargo para ser importante, ela não precisa de cargo para fazer o trabalho que ela quer fazer. Por isso eu disse-lhe, faça o que você quiser."-Declarou Lula, com Janja a seu lado durante o ao vivo.
A atuação da primeira-dama tem sido alvo de inúmeras críticas da imprensa, de opositores e até de aliados de Lula pela frequência e pela agressividade com que ela age, forçando a sua participação em reuniões ministeriais, ligando para ministros para pressionar por alguma medida ou para os fazer recuar de decisões já tomadas, e, em certos momentos, parece ter mais força política do que o próprio presidente. Em diversas entrevistas, nomeadamente ao "Fantástico", da TV Globo, Janja já assumiu publicamente não aceitar "não" de ninguém, nem mesmo do marido presidente, e que insiste quantas vezes forem necessárias até que Lula ou qualquer outra pessoa façam o que ela quer.
No direto, Lula da Silva, que já afirmou também em público que com a nova mulher, com quem casou em meados do ano passado, se sente um adolescente apaixonado, avançou que a força de Janja vem da total confiança que ele tem nela. E que ouve com muita atenção o que chamou de "conselhos" e de "palpites" que ela dá sobre assuntos que ele tem de resolver.
"Essa relação é importante porque a Janja passa-me confiança. Ela passa-me certeza, ela dá palpite nas coisas que eu vou fazer. Ela fala, ela dá conselho. Isso é importante, ter alguém com quem compartilhar as angústias diárias."-Continuou Lula.
Muitos membros do governo e outros aliados de Lula da Silva já manifestaram, na sua grande maioria nos bastidores, o seu incómodo com as interferências de Janja, que parece não ter limites na sua ambição política, mas ninguém se atreveu a contrariá-la, tal o medo que o poder da primeira-dama inspira e a fama que ela tem de se vingar de quem a enfrenta ou critica. De acordo com o que a imprensa brasileira publicou ao longo deste primeiro ano do terceiro mandato de Lula, Janja pressionou muito para ter um cargo oficial no governo, mas a lei do nepotismo proibe a nomeação de familiares até ao terceiro grau, mas ela exigiu e conseguiu ter um amplo espaço e uma equipa de assessores no palácio presidencial, e agora tenta convencer o Congresso a tornar o posto de primeira-dama um cargo oficial com poderes e remuneração.
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