Polémica em torno do antigo Hotel Estoril, que está abandonado.
Uma deputada de Macau lamentou hoje a falta de critérios uniformes para proteger o património local com "valor histórico", a propósito da provável demolição do antigo Hotel Estoril, enquanto outro parlamentar propôs um museu no novo espaço.
Os dois deputados levaram à Assembleia de Macau a polémica em torno do antigo Hotel Estoril, associado ao início da exploração de casinos por Stanley Ho e, portanto, à história da maior indústria do território, depois de na semana passada o Conselho do Património Cultural ter decidido que o edifício não tem valor patrimonial para ser classificado.
A deputada Song Pek Kei, eleita por sufrágio direto, realçou o "valor histórico", com "características próprias", do edifício do antigo hotel, que está abandonado e o Governo de Macau quer "reconstruir", para instalar no mesmo espaço um complexo de atividades de lazer e culturais para jovens, tendo convidado o arquiteto português Siza Vieira para desenvolver o projeto.
O arquiteto chegou a manifestar publicamente a intenção de demolir o atual edifício.
"Sugiro que o Governo aplique um critério uniforme e científico para avaliar o património cultural, divulgue mais informações e eleve a transparência da tomada de decisão, para o público perceber melhor", afirmou Song Pek Kei.
A deputada pediu ainda que em caso de "controvérsia social", como aconteceu com o Hotel Estoril, o Governo siga "as regras da Lei da Salvaguarda do Património Cultural" e inicie "atempadamente o processo de avaliação do património".
E "para evitar que a avaliação apenas seja feita pelos serviços públicos", defendeu que seja envolvida "uma terceira parte fiável".
A deputada comparou o caso do Hotel Estoril com o da anunciada construção de uma estrutura para tratar doenças infetocontagiosas que levará à demolição de dois edifícios, por o Governo ter invocado "interesse público de relevância" e sem ter sido feita qualquer avaliação patrimonial.
Song Pek Kai referiu ainda o caso do Instituto Salesiano de Macau, em que o Governo decidiu que é preciso conservar a fachada, para apontar a duplicidade de critérios que considera haver.
Já Lau Veng Seng, que é deputado por nomeação do chefe do executivo de Macau, defendeu que "a reconstrução" de edifícios "ganha cada vez mais importância" por haver poucos terrenos no território, onde vivem mais de 600 mil pessoas em cerca de 30 quilómetros quadrados, e pediu se iniciem "imediatamente os trabalhos" no Hotel Estoril.
"Esta construção vai ser demolida, mas mesmo assim, tendo em conta os sentimentos de alguns cidadãos em relação a esta construção, sugiro o uso, como referência, das peculiaridades arquitetónicas do hotel na construção do novo complexo (...). Além disso, recomendo ainda que se reserve uma zona no novo complexo para servir de museu e de arquivo histórico, mostrando ao público a história do desenvolvimento do Hotel Estoril e da Freguesia de São Lázaro", afirmou.
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