Menino foi acorrentado, chicoteado e obrigado a comer o próprio vómito.
Peral Fernandez, uma mulher de 34 anos, foi condenada a prisão perpétua por torturar o filho de oito anos até à morte, por suspeitar que este era homossexual. Já Isauro Aguirre, o namorado e padrasto da criança, foi sentenciado a pena de morte pelo mesmo crime, na Califórnia.
De acordo com a acusação, nos meses que antecederam a sua morte, Gabriel esteve coberto de gás pimenta em todo o corpo, foi obrigado a comer o próprio vómito e viveu amordaçado e trancado num armário.
O casal também queimou o menino com cigarros, chicoteou-o e deixou-o a morrer à fome durante dias. Em tribunal, o juiz não teve dúvidas no momento de condenar os dois réus.
"A vossa conduta foi horrenda e desumana. Até podia dizer que foi animalesca mas isso seria errado porque até os animais sabem cuidar das suas crias ao ponto de sacrificarem as suas próprias vidas", disse o juiz George L. Lomeli, recordando uma reportagem que assistiu de uma gata a correr para um prédio em em chamas para salvar os seus rebentos, que estavam em perigo.
Em dezembro do ano passado, Isauro foi condenado a pena de morte depois de ter sido acusado de homicídio em primeiro grau e por assassinato com tortura. Em fevereiro, Peral declarou-se culpada dos mesmos crimes à exceção do assassinato com tortura, conseguindo assim escapar à pena mais pesada que a iria encaminhar para o "corredor da morte".
"Quero dizer que lamento imenso por tudo o que aconteceu. Eu queria que Gabriel estivesse vivo. Todos os dias desejava ter feito melhores escolhas. Sinto muito pelos meus filhos e quero que eles saibam que os amo muito", disse a mulher, referindo-se aos irmãos de Gabriel, Ezequiel, de 12 anos, e Virginia, de 11.
Os dois testemunharam contra a própria mãe e o padrasto e garantiram que Isauro pontapeava o menino e apertava-lhe o pescoço até este desmaiar. Ezequiel disse que o casal apelidava o irmão de "Mono" e algemava-o durante horas a fio sem comida nem água. A criança chegou a ver ainda o padrasto a bater em Gabriel, completamente nu, com uma fivela de metal.
O tribunal ficou em choque quando o menino de 12 anos revelou que por várias vezes a mãe lhe mandava bater no irmão. Com medo, a criança confessou que pedia ao irmão para fingir que caía porque este o tinha agredido, apenas para não lidarem com o castigo da mãe.
Já a menina, Virgina, confessou ter visto Peral a partir os dois dentes da frente de Gabriel ao dar-lhe um soco com muito violência.
Depois de vários meses de sofrimento, Gabriel acabou por morrer no dia 22 de maio de 2013, depois de ter conseguido chamar os serviços de emergência, já com os sinais vitais enfraquecidos. Quando os paramédicos chegaram ao local, já não havia nada a fazer.
O casal foi detido imediatamente e dois assistentes dos serviços sociais foram detidos pelas várias tentativas falhadas de salvar Gabriel das mãos do casal.
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