Autoridades moçambicanas anunciaram esta semana um reforçar a vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos de mpox.
As autoridades de saúde moçambicanas confirmaram este sábado mais seis casos de mpox nas últimas 24 horas, elevando o total para 23, incluindo o primeiro fora da província de Niassa, em Maputo, além de 167 suspeitos.
No mais recente boletim diário da evolução da doença, divulgado pela Direção Nacional de Saúde Pública e com dados de 11 de julho a 01 de agosto, além do acumulado de 23 positivos, é referido que a doença continua a não apresentar letalidade, sem registo de óbitos até ao momento.
Dos seis novos casos registados nas últimas 24 horas, cinco foram confirmados na província de Niassa - onde o surto estava concentrado até agora, no distrito de Lago -, norte do país, e um na província de Maputo, no sul. Houve ainda registo de 20 novos suspeitos no mesmo período, incluindo na província de Manica, além de 57 contactos em seguimento pelas autoridades de saúde.
As autoridades moçambicanas anunciaram esta semana um reforçar a vigilância fronteiriça, com equipas de rastreio e testagem, para travar a propagação de casos de mpox.
"Não há neste momento restrição à mobilidade das pessoas e bens, o que temos estado a fazer e recomendamos - e que estamos a trabalhar em conjunto com as outras instituições - é o reforço da vigilância nas áreas transfronteiriças", disse o diretor Nacional de Saúde Pública, em conferência de imprensa em Maputo, na qual vincou também a aposta no rastreamento comunitário como melhor método para travar a propagação.
"Infelizmente, este não é um trabalho muito fácil, como devem perceber, o nosso país tem aquelas fronteiras formais onde conseguimos colocar colegas em vigilância, mas também tem vários pontos que são usados para a entrada e saída e muitas vezes não estão sob nosso controlo e aí é um grande desafio"", acrescentou Quinhas Fernandes.
As autoridades sanitárias garantiram também que Moçambique está preparado para lidar com o mpox, com capacidade para 4.000 testes, feitos localmente, tendo já usado mais de 130 neste surto.
"Temos capacidade boa para fazermos a testagem. A questão de testagem, pelo menos para o nosso país, está garantida", disse à Lusa o coordenador do Centro Operativo de Emergências em Saúde Pública (COESP), Filipe Murimirgua.
"Tratando-se de uma doença infetocontagiosa, há sempre um risco de alastramento, razão pela qual todas as províncias estão em alerta, também já começaram a suspeitar de casos e a testar", disse Murimirgua.
O responsável disse reconhecer melhorias nos processos face ao surto de 2022: "O país está melhor organizado, sobretudo a questão de deteção precoce dos casos. [No surto no Niassa] foi possível detetar os casos com a colaboração dos outros países vizinhos, Maláui, por exemplo, que apoiou na identificação e reporte, que foi bastante útil essa colaboração".
A mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No atual surto, na África austral, desde 01 de janeiro já foram notificados 77.458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos.
O primeiro caso de mpox em Moçambique aconteceu em outubro de 2022, com um doente em Maputo. O coordenador do COESP, órgão da Direção Nacional de Saúde Pública, aponta a capacidade de testagem que agora existe nas províncias, com 4.000 testes disponíveis e mil para análises de reagentes para identificar estirpes de casos positivos, como a grande mudança em três anos.
Moçambique tem agora capacidade para testar em todas as capitais de província, através dos laboratórios de Saúde Pública: "Há uma capacidade enorme de testagem. Diria que ainda é subutilizada a nossa capacidade. Todos os casos que estão suspeitos são testados e conseguimos dar os resultados em tempo útil".
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.