O ciclone é descrito como "fora da norma" pelos meteorologistas, é um dos mais duradouros e realizou a trajetória mais longa das últimas décadas.
O Malaui iniciou esta quinta-feira duas semanas de luto nacional pelas vítimas do ciclone Freddy, que provocou pelo menos 225 mortos e 40 desaparecidos na passagem por este país africano, onde as organizações internacionais estão a reforçar a ajuda.
Na quarta-feira, o Presidente do Malaui, Lazarus Chakwera apelou à ajuda internacional para lidar com a devastação causada pelo ciclone, que classificou como "uma tragédia nacional", tendo decretado duas semanas de luto nacional.
A presidência do Malaui especificou que o luto se estenderá até 29 de março "para homenagear as vidas perdidas por causa do ciclone Freddy", que também deixou mais de 83 000 deslocados no país.
"Todas as bandeiras serão colocadas a meio mastro durante os primeiros sete dias do período de luto", refere um comunicado publicado pela Presidência maliana nas suas redes sociais.
O porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, anunciou quarta-feira que a organização está a "aumentar a sua resposta" para apoiar os esforços das autoridades do Malaui para lidar com o "impacto devastador" do ciclone.
A organização "está a mobilizar equipas adicionais" e a fazer chegar "suprimentos vitais à segunda cidade mais populosa, Blantyre, e os distritos mais afetados" embora tenha sublinhado que "as difíceis condições meteorológicas estão a afetar os esforços de resgate".
A coordenadora residente das Nações Unidas no Malaui, Rebecca Adda-Dontoh apelou na terça-feira aos parceiros internacionais para aumentarem os seus esforços para ajudar as vítimas e alertou para "uma crise sem precedentes" devido à passagem do ciclone pelo país africano.
Por seu lado, a organização não-governamental Médicos Sem Fronteiras (MSF) especificou que está a prestar assistência médica e logística e alertou que o número de vítimas vai aumentar.
"A situação é muito grave. Há muitas vítimas, feridos, desaparecidos e mortos, e o número só vai aumentar nos próximos dias", disse Guilherme Botelho, coordenador de emergências da MSF em Blantyre.
A MSF também lembrou que o país foi afetado pela maior epidemia de cólera da sua história após a passagem no ano passado da tempestade tropical Ana, e que os danos deixados pelo Freddy levantam preocupações sobre um possível agravamento desta crise de saúde.
O número de mortos causados pelo ciclone Freddy é já de mais de 250, somando os 225 confirmados no Malaui aos de Moçambique, onde a segunda passagem do ciclone provocou, desde sexta-feira, 21 mortos na província da Zambézia, centro do país, segundo um novo balanço oficial, ainda preliminar, apresentado na terça-feira.
Os números poderão subir à medida que decorre o levantamento dos prejuízos, admitiu o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) de Moçambique.
Num primeiro embate, em 24 de fevereiro, o ciclone tinha provocado 10 mortes em Moçambique.
O Freddy, descrito como "fora da norma" pelos meteorologistas, já é um dos ciclones mais duradouros e que realizou uma trajetória mais longa nas últimas décadas, percorrendo mais de 10.000 quilómetros desde que se formou no norte da Austrália, em 04 de fevereiro, e cruzou o oceano Índico até ao sul do continente africano.
O ciclone atingiu pela primeira vez a costa leste de Madagáscar em 21 de fevereiro e, depois de atingir Moçambique, regressou à ilha a 05 de março, onde quase 300 mil pessoas foram afetadas e 17 morreram, de acordo com dados da ONU.
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