Corrida foi afetada praticamente desde o seu início pelos persistentes protestos pela Palestina, levando à alteração das chegadas previstas em duas etapas e ao cancelamento da última.
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A Izquierda Castellana apresentou esta terça-feira uma denúncia no tribunal de Valladolid contra "as cargas policiais e agressões" sofridas por vários manifestantes à margem da 18.ª etapa da Volta a Espanha em bicicleta.
A denúncia diz respeito ao passado 11 de setembro, quando a 18.ª etapa da Vuelta, um contrarrelógio individual, foi mais uma vez palco de protestos "contra o genocídio cometido sobre o povo palestiniano e a presença na corrida da equipa Israel-Premier Tech", pode ler-se na nota daquela organização.
A corrida foi afetada praticamente desde o seu início pelos persistentes protestos pela Palestina, levando à alteração das chegadas previstas em duas etapas e ao cancelamento da última, no domingo, em Madrid.
Em Valladolid, denuncia a Izquierda Castellana, foi utilizada "força desproporcional contra pessoas que pacificamente se solidarizavam com o povo palestiniano", na sequência da ofensiva militar de Israel em Gaza.
Das centenas de manifestantes, o grupo mais numeroso concentrou-se na Praça da Universidade, onde vários destes militantes saltaram para o traçado da corrida antes da passagem de um ciclista da Israel-Premier Tech, tendo então sido alvo de carga policial por agentes à paisana.
"Dois foram detidos e um ficou inconsciente, depois de ser atirado por polícias contra as baias e sofrer um golpe de cabeça contra o solo. Exigimos uma investigação judicial sobre estas ocorrências", concluem.
No domingo, milhares de manifestantes invadiram o circuito final da 21.ª e última etapa da prova espanhola e 'travaram' o pelotão a 56 quilómetros da meta, em protesto contra a presença da equipa Israel-Premier Tech e solidários com a causa palestiniana.
Duas pessoas foram detidas por desordem pública, após os incidentes, que causaram ferimentos a 22 polícias, com a 21.ª tirada da Vuelta a acabar por ser cancelada pela organização, assim como as cerimónias de pódio, numa ação já elogiada pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e criticada pela oposição.
Desta forma, João Almeida (UAE Emirates) ficou privado de festejar oficialmente o segundo lugar na geral, atrás de Jonas Vingegaard (Visma-Lease a Bike), e o facto de ter igualado o melhor resultado de sempre de um português numa grande Volta, 'imitando' Joaquim Agostinho, que foi 'vice' na Vuelta em 1974.
Embora o dispositivo de segurança na capital espanhola fosse o maior de sempre num evento desportivo e o maior desde a cimeira da NATO, em 2022, ninguém conseguiu travar os manifestantes.
O Governo espanhol e a organização da prova sugeriram à equipa israelita que se retirasse da Vuelta, o que esta recusou fazer para não abrir um "precedente perigoso", e a União Ciclista Internacional (UCI), que em 2021 baniu equipas russas e 'retirou' a bandeira dos ciclistas daquela nacionalidade, condenou os incidentes, sem tomar qualquer decisão.
As forças israelitas têm em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou mais de 64.600 mortos no território governado pelo Hamas desde 2007, após um ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023.
Israel, que anunciou uma operação para tomar a cidade de Gaza, no norte do enclave, tem sido acusado de genocídio e de usar a fome como arma de guerra, que nega.
A ONU declarou em agosto uma situação de fome no norte de Gaza, o que acontece pela primeira vez no Médio Oriente.
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