A edição de hoje
Juscelino Filho é acusado pela corporação de, em 2022, quando ainda era deputado federal, ter desviado através de emendas parlamentares milhões de euros da empresa estatal Codevasf.
O ministro das Comunicações do governo de Lula da Silva, Juscelino Filho, foi acusado pela Polícia Federal (PF) por vários crimes, entre eles corrupção e participação em organização criminosa. A acusação do ministro consta no relatório final da investigação levada a cabo pela PF desde 2022 e que foi enviado esta terça-feira para o Supremo Tribunal Federal (STF), que a tinha autorizado.
Juscelino Filho é acusado pela corporação de, em 2022, quando ainda era deputado federal, ter desviado através de emendas parlamentares milhões de euros da empresa estatal Codevasf, Companhia de Desenvolvimento dos Vales dos rios São Francisco e Parnaíba, em benefício próprio e para obras sob suspeita na cidade de Vitorino Freire, no interior do estado do Maranhão. O ministro é dessa cidade, actualmente governada por uma irmã dele, Luana Rezende.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, boa parte dos investimentos feitos em estradas com as verbas de que Juscelino é acusado de ter desviado beneficiaram propriedades dele e de familiares. Além disso, a empresa contratada para executar as obras está envolvida em uma série de irregularidades e, mais uma vez de acordo com o relatório da PF, tem o próprio ministro como dono oculto.
Por isso, a PF incriminou Juscelino Filho, além de por corrupção e branqueamento de capitais, também pelos crimes de fraude em concurso público e falsidade ideológica. Um dos ministros mais polêmicos do governo de Lula da Silva, Juscelino Filho, antigo aliado de Jair Bolsonaro, é investigado também por outras alegadas irregularidades, nomeadamente uso de verba pública em viagens de carácter pessoal.
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