Milionário, tornado famoso por um documentário, foi condenado em setembro passado.
O milionário norte-americano Robert Durst, recentemente condenado a prisão perpétua num tribunal dos Estados Unidos pelo homicídio da melhor amiga em 2000, morreu esta terça-feira aos 78 anos "de causas naturais", anunciou um dos seus advogados.
Robert Durst morreu "de causas naturais ligadas à longa lista de problemas de saúde que realçámos repetidamente no tribunal nos últimos dois anos", disse Chip Lewis.
O milionário, tornado famoso por um documentário do canal HBO, foi condenado em setembro passado.
O tribunal de Los Angeles condenou o excêntrico milionário de 78 anos a pena perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional, pelo homicídio em primeiro grau de Susan Berman (o equivalente a homicídio qualificado), segundo a agência de notícias Associated Press (AP).
Berman foi encontrada morta na sua casa em Beverly Hills, com um tiro na cabeça, depois de ter sido interrogada pela polícia sobre o desaparecimento da primeira mulher de Robert Durst, Kathleen McCormack.
Kathleen desapareceu sem deixar rasto em 1982, após manifestar o desejo de se divorciar do marido, num caso ainda por esclarecer.
A tese da acusação é que Robert Durst teria acabado por matar Susan Berman para a impedir de denunciar o caso à polícia de Nova Iorque.
"Este crime é um homicídio de uma testemunha", disse o juiz Mark Windham, antes de proferir a sentença. "Esta circunstância (...) agravou enormemente este crime terrível e perturbador", acrescentou.
O magistrado rejeitou o pedido da defesa para a realização de novo julgamento, afirmando que havia "provas suficientes, ou mesmo esmagadoras, de culpa".
O milionário, que se declarou inocente, foi detido em março de 2015, na véspera da transmissão do último de seis episódios de um documentário sobre a sua vida, exibido pela HBO, intitulado "The Jinx: The Life and Deaths of Robert Durst".
O documentário inclui as declarações de Robert Durst em que, a falar sozinho na casa de banho, com o microfone sem fios a gravar, admite ter matado três pessoas: "O que é que eu fiz? Matei-os a todos, é claro".
Herdeiro de uma família de Nova Iorque que enriqueceu com negócios no imobiliário, Durst estava na mira da justiça há mais de três décadas, por ser considerado suspeito de crimes ainda por resolver, incluindo o desaparecimento da mulher, pelo qual nunca foi formalmente acusado.
Após a condenação pela morte da amiga, assente na tese de que Durst teria igualmente matado a mulher, o milionário poderá vir agora a enfrentar novas acusações, avançou a AP, citando fontes próximas do caso.
"The Jinx" revisitou outro episódio sangrento na vida do milionário, igualmente evocado pela acusação: o homicídio de um vizinho, em 2001, que depois desmembrou, atirando o corpo ao mar, numa tentativa de fazer desaparecer o cadáver.
O milionário acabaria por ser absolvido do crime, graças a uma equipa de advogados de luxo, que alegaram uma combinação de autodefesa, disparo acidental e embriaguez.
O julgamento de Robert Durst começou em março de 2020, após um longo processo, em Los Angeles.
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