Rose morreu num lar de idosos em Bellmore, Nova Iorque, aos 113 anos.
Rose Girone, a mais velha sobrevivente do holocausto, morreu aos 113 anos. A filha, Reha Bennicasa, também sobrevivente do holocausto, disse que a mãe morreu num lar de idosos em Bellmore, Nova Iorque, na segunda-feira.
Segundo a CNN Internacional, a informação de que se tratava da mais velha sobrevivente foi confirmada pela Conferência de Reclamações, com sede em Nova Iorque, que administra as indemnizações da Alemanha às vítimas dos nazis.
Rose Girone, cujo nome de nascimento era Rosa Raubvogel, nasceu em 1912, no seio de uma família judia, no sudeste da Polónia - que na altura fazia parte da Rússia. Quando era ainda criança, mudou-se para Hamburgo, na Alemanha.
Em 1937, acabou por se casar com Julius Mannheim, um alemão, também ele judeu. O marido foi deportado para o campo de concentração de Buchenwald e terá sido o facto de estar grávida que a livrou de ter sido deportada também. Numa entrevista à Fundação USC Shoah, em 1996, Rose disse que um dos soldados nazis que invadiu a casa do casal queria prendê-la, mas outro dissuadiu-o dizendo: "Não, ela está grávida, deixem-na em paz".
Pouco tempo depois, deu à luz a sua filha, Reha, cujo nome teve de escolher de uma lista restrita de nomes que eram permitidos aos judeus.
Até 1940, era possível que alguns prisioneiros fossem libertados dos campos de concentração, sob certas condições. Foi o caso do marido de Rose, sob condição de que ele, a mulher e a filha partissem para a China, mas não sem antes entregarem todas as suas poupanças, jóias e outros objetos de valor.
Apesar de terem escapado à tortura alemã, também enfrentaram opressão na China onde, após o Japão ter ocupado os portos marítimos, os judeus foram obrigados a mudar-se para guetos, com fracas condições de higiene. Na mesma entrevista, Rose contou que ninguém podia sair do gueto, exceto com a autorização de um oficial japonês que se auto-intitulava "O Rei dos Judeus".
Depois do fim da guerra, Rose e a família mudaram-se para os Estados Unidos, onde a sobrevivente começou a trabalhar como instrutora de tricô, acabando por abrir uma loja em Queens.
Rose divorciou-se do seu marido e, mais tarde, voltou a casar com Jack Girone.
À Fundação USC Shoah disse que "nada é tão mau que não possa resultar em algo de bom" e acrescentou que aquilo que passou tornou-a numa mulher destemida. "Eu podia fazer tudo e mais alguma coisa", afirmou.
De acordo com a Claims Conference, existem cerca de 245 mil sobreviventes do holocausto ainda vivos, dos quais cerca de 14 mil vivem em Nova Iorque.
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