A edição de hoje
Demissão é um golpe para o governo do primeiro-ministro, Keir Starmer, que tem lutado contra o ressurgimento da direita populista.
Angela Rayner renunciou esta sexta-feira o cargo de vice-primeira-ministra e co-líder do partido Trabalhista do Reino Unido por não ter pago o imposto de selo de um apartamento que comprou recentemente em East Sussex.
A decisão foi anunciada depois de um consultor independente de ética ter concluído que Angela tinha violado o código de conduta de ministros, ao pagar menos impostos do que deveria.
A sua demissão é um golpe para o governo de Starmer, que tem lutado contra uma economia estagnada, políticas económicas instáveis e um ressurgimento da direita populista. O Partido Trabalhista agora está quase dois dígitos atrás do partido anti-imigração, Reform U.K, nas sondagens.
Numa declaração oficial partilhada pelo canal televisivo britânico BBC, Rayner diz que “lamenta profundamente” a sua decisão de não procurar aconselhamento fiscal especializado, dada a sua posição no governo. “Assumo total responsabilidade por este erro”, continua.
“Gostaria de aproveitar esta oportunidade para reiterar que nunca foi minha intenção fazer outra coisa senão pagar o valor correto”, afirmando ter se demitido com base nas conclusões do relatório.
Keir Starmer também já reagiu à decisão da sua número dois através de uma carta escrita à mão partilhada no mesmo meio de comunicação. Nela começa por agradecer a Rayner por o ter informado da sua decisão de se demitir do governo, acrescentando que está “muito triste por o seu mandato como vice-primeira-ministra, secretária de Estado e vice-líder do Partido Trabalhista ter terminado desta forma”.
Para além de vice-primeira-ministra e co-líder do partido Trabalhista, Rayner também era secretária de Estado da habitação.
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