Acidente matou 98 pessoas, incluindo 55 crianças, 34 mulheres e nove homens, havendo registo de 16 sobreviventes entre os cerca de 130 que seguiam a bordo.
As Nações Unidas enviaram uma equipa para apoiar as autoridades moçambicanas e prestar ajuda aos sobreviventes e famílias afetadas pelo naufrágio que provocou a morte de 98 pessoas, no norte do país, anunciou a organização.
"Uma equipa que inclui representantes das Nações Unidas foi enviada para a área, para apoiar os esforços de resposta das autoridades nacionais e para prestar apoio aos sobreviventes e às famílias afetadas por esta tragédia", disse a coordenadora residente das Nações Unidas e coordenadora humanitária para Moçambique, Catherine Sozi, em comunicado divulgado hoje.
"As Nações Unidas estão prontas para ajudar Moçambique e reiteram a sua vontade de apoiar o Governo na sua resposta a desastres", afirmou Sozi.
A responsável manifestou-se profundamente triste com as mortes, "muitas delas crianças", em consequência do naufrágio, no Posto Administrativo de Lunga, no distrito de Mossuril, província de Nampula.
O dono e um responsável pela embarcação estão detidos, disse esta terça-feira à Lusa a porta-voz da polícia em Nampula, Rosa Chaúque.
Os dois "já tiveram atendimento médico e encontram-se, neste momento, sob custódia policial", declarou Chaúque.
O acidente matou 98 pessoas, incluindo 55 crianças, 34 mulheres e nove homens, havendo registo de 16 sobreviventes entre os cerca de 130 que seguiam a bordo.
De acordo com as autoridades marítimas moçambicanas, a embarcação de pesca não estava autorizada a transportar passageiros nem tinha condições para o efeito e as pessoas que transportava fugiam a um surto de cólera no continente, com destino à Ilha de Moçambique, tendo o naufrágio acontecido a cerca de 100 metros da costa.
O Governo moçambicano anunciou que se vai reunir hoje para discutir medidas para "minimizar o impacto" do naufrágio.
"O Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, recebeu com profunda tristeza a notícia do naufrágio de uma embarcação que saía do posto administrativo de Lungo, no distrito de Mossuril, com destino a Nacala", lê-se num comunicado divulgado na segunda-feira pela Presidência da República.
O chefe do Estado enviou uma delegação governamental, liderada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, para prestar "ajuda aos sobreviventes, e seu encaminhamento, assim como para a investigação, a fim de se aferir as razões que deram origem a esta tragédia", acrescentou.
"Importa referir que, logo após o chefe do Estado ter tomado conhecimento desta tragédia, orientou as entidades provinciais a diversos níveis para mobilizar equipas de salvamento e de análise da situação. Mediante esta tragédia, o Governo moçambicano reunir-se-á (...) para avaliar a situação e tomar medidas necessárias para minimizar o impacto deste incidente", refere-se no comunicado.
O ministro dos Transportes e Comunicações moçambicano anunciou na segunda-feira, num encontro multissetorial em Nampula para analisar este incidente, que as autoridades estão a fazer uma "reflexão" sobre este naufrágio, para "que isto nunca volte a acontecer".
O presidente da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo, oposição), Ossufo Momade, também se mostrou "profundamente consternado" com o naufrágio e pediu luto nacional.
"Exigimos que o Governo decrete luto nacional e que este momento seja reconhecido pelas autoridades como mais um sinal de negligência e falta de segurança públicas", escreveu Ossufo Momade, na sua conta oficial na rede social Facebook.
"Ficámos bastante comovidos e preocupados ao saber que a embarcação em causa é de pesca e não estava vocacionada para o transporte de pessoas o que nos leva a uma reflexão sobre a necessidade da segurança marítima", acrescentou o líder do maior partido da oposição.
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