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Oposição volta à rua contra Nicolás Maduro

Trump telefonou a Guaidó para reiterar apoio americano na “luta pela democracia”.

31 de janeiro de 2019 às 08:49

Centenas de milhares de apoiantes da oposição saíram às ruas de Caracas e de outras cidades venezuelanas para reforçar a pressão sobre o regime de Nicolás Maduro, uma semana após o líder opositor Juan Guaidó se ter proclamado como Presidente interino do país com o apoio dos EUA e de vários países vizinhos da Venezuela.

Os protestos desta quarta-feira, que até à hora do fecho desta edição decorriam de forma pacífica em todo o país, foram convocados por Guaidó, que em apenas uma semana se transformou na maior ameaça ao regime de Maduro desde que este chegou à Presidência, há quase seis anos.

Horas antes do arranque dos protestos, Guaidó falou ao telefone com o Presidente norte- -americano Donald Trump, que reiterou o apoio dos EUA à sua luta para "restabelecer a democracia" na Venezuela. Trump congratulou Guaidó pela "decisão histórica" de assumir a Presidência e prometeu manter "contactos regulares" com Guaidó para discutir a melhor maneira de devolver a estabilidade ao país e reconstruir as relações bilaterais.

A Procuradoria-Geral venezuelana anunciou terça-feira a abertura de uma investigação contra Guaidó por suspeita de "facilitar a ingerência estrangeira no país", tendo congelado as contas bancárias do dirigente opositor e proibido a sua saída do país.

Esta quarta-feira, em entrevista à cadeia de televisão russa RT, Nicolás Maduro voltou a rejeitar convocar eleições e acusou os Estados Unidos de pretenderem assassiná-lo. "Donald Trump deu a ordem para me assassinar e disse ao governo colombiano e à máfia colombiana para me matarem", afirmou o líder venezuelano, que, num tweet em inglês dirigido ao povo norte- -americano, acusou Trump de pretender criar "uma nova guerra do Vietname" na América Latina. "Não o permitam!", apelou.

PORMENORES

EUA avisam

O conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, avisou esta quarta-feira as empresas, bancos e corretoras para não negociarem com ouro, petróleo ou outros bens "roubados ao povo venezuelano pela máfia de Maduro".

Avião misterioso

A presença de um avião de passageiros russo no Aeroporto de Caracas há vários dias desatou todo o tipo de especulações, incluindo que teria transportado mercenários para proteger Maduro ou que estaria de prontidão para retirar o Presidente do país em caso de emergência.

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