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Partido que rompeu com Lula expulsa ministro que recusou deixar o governo

Ao passar para a oposição, o partido União Brasil determinou que todos os seus filiados que ocupassem cargos no executivo central os deixassem sob risco de serem expulsos.

09 de dezembro de 2025 às 15:40

O partido União Brasil, de centro direita, expulsou esta segunda-feira o polémico atual ministro do Turismo do governo de Lula da Silva, Celso Sabino. A expulsão foi decidida em reunião extraordinária da Comissão Política Nacional na qual o próprio Sabino participou de forma remota.

Com a expulsão, o União Brasil confirmou que não estava a brincar quando, em Setembro passado, decidiu romper com o governo Lula, passar para a oposição e determinar que todos os seus filiados que ocupassem cargos no executivo central os deixassem imediatamente sob risco de serem expulsos, ameaça em que nem todos acreditaram. Celso Sabino, que estava no União Brasil desde 2021 e ocupava cargos na Comissão Executiva Nacional e presidia ao Diretório Regional do Pará, seu estado de origem, foi um dos céticos, tentou manter-se nos dois cargos mas não resistiu.

Ex-aliado de Jair Bolsonaro que ao ser nomeado ministro por Lula da Silva passou a defender intensamente o governo de esquerda, Sabino tentou convencer o União Brasil a deixá-lo continuar no executivo, mas sem sucesso. Então, ainda em Setembro, ele anunciou publicamente que estava a deixar o cargo e entregou uma carta de demissão ao presidente brasileiro.

Para espanto de todos, no entanto, as semanas foram passando e Sabino continuou a exercer as suas funções ministeriais, cada vez mais próximo de Lula. Em Novembro, como ministro do Turismo, ele foi uma das figuras de destaque durante a conferência mundial do clima, COP30, que decorreu em Belém, capital do Pará, e terminou sem resultados significativos.

Durante a COP30, Celso Sabino voltou às manchetes por dois motivos diferentes e nenhum deles positivo. Primeiro, foi acusado de ter mandado desflorestar uma vasta área em Belém para construir um grande posto de combustíveis, e, depois, ao minimizar o incêndio que deflagrou no pavilhão das autoridades da conferência afirmando à imprensa que tudo não tinha passado de um fumo que saiu de uma tomada de energia, quando, ao mesmo tempo, as emissoras de televisão mostravam labaredas a atingir o teto da gigantesca estrutura. (FIM).

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