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Pedido de Trump para menos testes ao coronavírus gera críticas de opositores

Presidente dos Estados Unidos disse aos seus apoiantes, durante um comício na cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, que a despistagem da doença era "uma faca de dois gumes".

21 de junho de 2020 às 23:47

O pedido do Presidente dos Estados Unidos para as autoridades sanitárias fazerem menos testes à covid-19 gerou hoje críticas dos seus opositores do Partido Democrata, numa altura em que já morreram no país mais de 120 mil pessoas.

Sem deixar claro se falava a sério, Donald Trump disse no sábado aos seus apoiantes, durante um comício na cidade de Tulsa, no estado de Oklahoma, que a despistagem da doença era "uma faca de dois gumes".

"Eis o lado mau: quando se faz este volume de testes, encontramos mais pessoas, mais casos. Então disse à minha equipa para diminuir o ritmo da despistagem. Eles fazem testes e testes", afirmou o presidente norte-americano, que tem sido alvo de críticas de todos os quadrantes.

A diretora-adjunta da campanha de Joe Biden, que tudo indica será o oponente de Donald Trump nas eleições presidenciais norte-americanas de novembro, classificou, num comunicado, as declarações do atual chefe de Estado de "indígnas" e considerou que serão lembradas "por muito tempo".

"O Presidente Trump apenas admitiu que está a colocar a política à frente da segurança e do bem-estar económico dos norte-americanos. Ainda por cima, quando registamos o número mais alto de novos casos da covid-19 e 20 milhões de pessoas estão desempregadas", sublinhou.

No mesmo sentido, a ‘mayor’ (presidente da câmara) da cidade de Atlanta, Keisha Lance Bottoms, que poderá ser escolhida por Biden para candidata à vice-presidência, afirmou que as declarações de Trump foram "uma vergonha".

"Dá o melhor de si mesmo quando cerca de 120 mil pessoas já perderam a vida devido à covid-19 e atreve-se a dizer que deu ordens para travar a realização de testes. Isto é de loucos", afirmou a autarca de Atlanta.

Por seu turno, um responsável da Casa Branca, que não se quis identificar, assegurou que Donald Trump "estava, obviamente, a brincar".

"Obviamente que estava no gozo. Neste momento, lideramos o número de testes realizados. Já realizámos mais de 25 milhões", ressalvou a mesma fonte.

Também um assessor de Donald Trump garantiu que o comentário do Presidente norte-americano "foi irónico" e "um momento de descontração do ato eleitoral.

Depois de Oklahoma, Trump tem previstos, nas próximas semanas, comícios na Florida, no Arizona e na Carolina do Norte, todos estados que podem decidir o resultado das eleições presidenciais de 03 de novembro.

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