De acordo com o porta-voz do governo, Washington vai ter de "pagar o preço" pela deslocação considerada "ataque".
A República Popular da China avisou esta terça-feira os Estados Unidos sobre a eventual visita da presidente da Câmara dos Representantes a Taiwan, afirmando que Washington vai ter de "pagar o preço" pela deslocação de Nancy Pelosi considerada "ataque".
"Os Estados Unidos vão certamente arcar com a responsabilidade (consequências) e vão ter que pagar o preço pelo ataque à soberania e segurança da China", afirmou hoje Hua Chunying, porta-voz da diplomacia da República Popular da China em conferência de imprensa.
Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, chegou hoje à Malásia, a segunda paragem da deslocação ao continente asiático que pode ficar marcada pelas tensões entre Pequim e Washington por causa da eventual visita a Taiwan, que ainda não foi confirmada.
Pequim considera a ilha (República da China) "província rebelde" que deve ser reunificada, criticando fortemente qualquer alto responsável político estrangeiro que visita Taipé.
O Governo do Partido Comunista Chinês reclama a soberania da ilha desde que os nacionalistas do Kuomintang liderados por Chiang Kai-shek foram derrotados pelas forças comunistas chefiadas por Mao Tsé-Tung durante a guerra civil na segunda metade da década de 1940.
Os nacionalistas refugiaram-se na ilha do Estreito da Formosa tendo estabelecido em Taiwan em 1949, a República da China (ROC - sigla oficial) - fundada em 1912 por Sun Yat-sen -.
De acordo com a agência nacional de Kuala Lumpur, Bernama, Pelosi a bordo de um avião militar desembarcou hoje numa base da Força Aérea da Malásia e deve reunir-se com o presidente do Parlamento na capital do país.
Após a visita a Singapura e Malásia, o itinerário de Pelosi incluiu deslocações confirmadas à Coreia do Sul e ao Japão mas a viagem está a ser marcada pela eventual visita a Taiwan.
Várias notícias publicadas em todo o mundo referem que a visita a Taipé vai realizar-se.
O jornal Financial Times noticia que Pelosi vai reunir-se com a chefe de Estado de Taiwan na quarta-feira.
Na segunda-feira, John Kirby, porta-voz da Casa Branca afirmou que Pelosi tem o direito de visitar Taiwan.
"Não há razão para Pequim fazer desta visita uma espécie de crise. (A visita) não se afasta da doutrina norte-americana", acrescentou Kirby.
O primeiro-ministro de Taiwan, Su Tseng-chang, não confirmou a deslocação de Pelosi quando questionado pelos jornalistas mas agradeceu o apoio à presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos.
O jornal de Taiwan, Liberty Times cita hoje fontes anónimas segundo as quais Nancy Pelosi deve chegar ainda hoje a Taiwan.
Os 23 milhões de habitantes da República da China vivem sob as ameaças constantes de Pequim porque o chefe de Estado da República Popular da China, Xi Jinping, fez da "reunificação" uma prioridade.
No último ano, aumentou o número de incursões de aviões de combate da República Popular da China na Zona de Identificação Aérea de Taiwan.
Hoje, segundo Taipé, um navio contratorpedeiro da Marinha de Guerra da República Popular da China navegou a 80 quilómetros da ilha de Lanyu, sudeste de Taiwan.
Fontes militares citadas pela agência CNA acrescentam que contratorpedeiros, fragatas e navios de telecomunicações do Exército Popular de Libertação (República Popular da China) foram avistados "nos últimos dias" ao largo da ilha de Lanyu pertencente a Taiwan.
A ilha situa-se a 88 quilómetros da cidade de Hualien, na costa leste de Taiwan (República da China).
O Ministério de Defesa de Taipé explicou que utilizou "métodos conjuntos do sistema de informações, vigilância e reconhecimento para registar e controlar os possíveis movimentos do inimigo (República Popular da China)".
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