Cerca de 15 mil manifestantes protestaram contra a extensão de uma mina de carvão a céu aberto que levou à destruição da aldeia de Lützerath.
Os ativistas que se opõem à expansão de uma mina de carvão na Alemanha acusaram este domingo a polícia de ter reprimido com violência uma manifestação que no sábado degenerou em confrontos com dezenas de polícias e manifestantes feridos.
Cerca de 15 mil manifestantes, segundo a polícia alemã - 35 mil segundo os organizadores -, incluindo a ativista sueca Greta Thunberg, protestaram contra a extensão de uma mina de carvão a céu aberto que levou à destruição da aldeia de Lützerath, na bacia do Reno entre Dusseldorf e Colónia, apoiando ativistas que ocuparam o local e que a polícia se comprometeu a desalojar desde quarta-feira.
Uma porta-voz dos organizadores do protesto, Indigo Drau, acusou em conferência de imprensa a polícia de "pura violência", dizendo que os agentes tinham espancado os ativistas "sem restrições", batendo-lhes na cabeça.
O coletivo "Lützerath lebt!" relatou no sábado que dezenas de ativistas foram feridos, alguns gravemente. Cerca de 20 deles foram hospitalizados, de acordo com uma enfermeira do grupo de ativistas, Birte Schramm.
A polícia disse este domingo que cerca de 70 dos seus agentes foram feridos no sábado e que tinham sido instaurados processos judiciais contra perto de 150 pessoas.
A situação no local este domingo é de calma, disse a polícia.
A operação de evacuação em Lützerath é politicamente sensível para a coligação do social-democrata Olaf Scholz, que governa com os ecologistas, acusados pelos ativistas de terem traído os seus compromissos.
O Governo considera a expansão da mina, operada pelo 'gigante' da energia RWE, necessária para a segurança energética da Alemanha, para compensar a interrupção do fornecimento de gás russo, uma razão que os opositores contestam em nome da luta contra os combustíveis fósseis.
A manifestação de sábado foi simbolicamente liderada pela ativista sueca Greta Thunberg, que criticou o sacrifício de vidas humanas "pelo benefício de muito poucas pessoas incrivelmente ricas" e questionou como é possível "que em 2023 se siga um caminho que conduz a nada".
A operação de evacuação da povoação iniciada na semana passada mobilizou reforços policiais provenientes de toda a Alemanha, enquanto eram registadas diversas ações de desobediência civil em todo o país nos últimos dias.
Em Keyenberg, cidade vizinha de Lützerath, milhares de pessoas também se manifestaram no sábado contra os planos da RWE de reabrir a mina de carvão.
Um recente estudo do Instituto Alemão de Investigação Económica questionou a posição do Governo, depois de ter sido divulgado que outros campos de carvão existentes poderiam ser usados, embora o custo para a RWE fosse maior.
Outra alternativa seria a Alemanha aumentar a produção de energia renovável, reduzir a procura através de medidas de eficiência energética ou importar mais carvão ou gás a outros países, segundo o estudo.
No sábado, o coletivo português ambientalista Climáximo solidarizou-se em comunicado com os ativistas que defendem Lützerath.
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