Na primeira fase da campanha, entre setembro e outubro, a polícia vai realizar campanhas de sensibilização.
A polícia moçambicana tem em curso uma campanha para recolha de armas de fogo ilegais até dezembro, anunciou esta sexta-feira a corporação, considerando que, em "mãos indevidas", as armas contribuem para a ocorrência de crimes violentos no país.
"Face à proliferação de armas de fogo em mãos indevidas e em situação ilegal ou irregular, fator que contribui para ocorrência de crimes violentos e ameaça à segurança pública, está em curso uma campanha nacional de sensibilização, entrega voluntária, recolha e regularização de armas de fogo em situação ilegal e irregular", disse Leonel Muchina, porta-voz do comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), durante uma conferência de imprensa, em Maputo.
Segundo o porta-voz, a recolha das armas visa reforçar o seu controlo e circulação pelo Estado, num processo iniciado em 01 de setembro e que vai decorrer até 31 de dezembro deste ano, em duas fases.
Na primeira fase, entre setembro e outubro, a polícia vai realizar campanhas de sensibilização, atualização de registo e entrega voluntária das armas no país e, na segunda fase, entre novembro e dezembro, será feita a recolha "coerciva e conversão a favor do Estado".
"Serão desencadeadas ações operativas para a recolha obrigatória das armas em situação ilegal e destruição das que se encontrarem em estado obsoleto", acrescentou Leonel Muchina, referindo que a entrega voluntária das armas, no prazo previsto, "não resultará em responsabilização criminal para os cidadãos detentores".
O comando-geral da polícia moçambicana avançou que a campanha visa inspecionar, registar e recolher armas de portadores não autorizados, atualizar o cadastro dos portadores legais, entre os quais empresas de segurança privada, sensibilizar os cidadãos a entregarem voluntariamente armas sem licença, além de se pretender também destruir as obtidas ilegalmente.
"O comando-geral da PRM apela a todos os cidadãos que ainda possuem armas sem licença ou em situação ilegal ou irregular a colaborarem neste processo, entregando, voluntariamente, o material às unidades ou subunidades policiais mais próximas", concluiu Muchina, referindo que a participação dos moçambicanos é essencial para a preservação da "paz, segurança e estabilidade" de Moçambique.
A campanha de recolha de armas decorre depois de terem sido registados três casos de homicídio a tiros de agentes da polícia, desde junho, todos ocorridos na Matola, arredores de Maputo, num crime maioritariamente denunciado nas redes sociais, através de vídeos filmados por populares.
O último caso ocorreu no passado dia 09, quando um membro da corporação moçambicana, com categoria de sargento principal, foi alvejado mortalmente no interior da sua viatura, numa zona denominada Mangueiras, na província de Maputo.
Em 02 de julho, a PRM confirmou o homicídio de dois agentes da corporação, com 54 tiros, e ferimentos por bala de uma mulher de 78 anos.
O primeiro caso aconteceu também na Matola, na noite de 11 de junho, quando um agente da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da PRM foi morto com cerca de 50 tiros, no bairro Nkobe, por três homens até ao momento não identificados.
O ministro da Justiça moçambicano lamentou, em 10 de setembro, as mortes de agentes da polícia a tiro e afastou qualquer comando do Governo, referindo que decorrem investigações para esclarecer os casos.
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