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Polícia detém terceiro suspeito de massacre em escola de São Paulo no Brasil

Adolescente de 17 anos preso não participou diretamente no ataque mas ajudou os outros dois ex-alunos.

19 de março de 2019 às 22:07

A polícia de Suzano, na área metropolitana da cidade brasileira de São Paulo, no Brasil, prendeu esta terça-feira um adolescente de 17 anos suspeito de ligação com o massacre de quarta-feira passada na Escola Estadual Professor Raul Brasil, naquela cidade, que fez 10 mortos, entre elas os dois agressores.

O adolescente preso esta terça-feira não participou diretamente no ataque mas ajudou os outros dois ex-alunos, Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, em todo o planeamento da ação, segundo a polícia de Suzano, cidade de 300 mil habitantes a cerca de 50 quilómetros da capital paulista.

O adolescente já tinha sido identificado como suspeito e quinta-feira passada, um dia após o massacre, apresentou-se voluntariamente à justiça, mas depois de ser ouvido por falta de provas foi autorizado a voltar para casa, onde esta terça-feira foi preso. Na noite desta segunda-feira, a polícia apresentou ao Ministério Público novas evidências contra o menor, e a juíza do caso, Erica Marcelina da Cruz, determinou a prisão dele por 45 dias em uma casa de custódia para menores infratores.

Entre as novas evidências avançadas pela polícia estão o testemunho de pessoas que viram o menor ao lado dos dois assassinos quando estes alugaram o carro usado para chegarem ao local do massacre, conversas entre os três sobre o crime que estavam no telemóvel dele, e ainda o depoimento de uma professora da escola. A docente contou que, no início do mês, durante uma ação de dinâmica de grupo na escola sobre o que cada um dos alunos queria para o seu futuro, o menor preso declarou, com uma frieza impressionante e sem mostrar qualquer emoção, que o sonho dele era entrar armado numa escola e matar aleatoriamente o maior número possível de pessoas.

Ele não fez isso, por motivos que ainda não foram esclarecidos, mas a polícia garante que ele contribuiu muito para o planeamento do ataque. Quarta-feira, Guilherme e Luiz Henrique entraram na escola armados com um revólver, machado, facas e uma besta, mataram cinco alunos e duas funcionárias e depois o primeiro matou o segundo e suicidou-se, isto após minutos antes Guilherme ter morto a tiro um dos tios, dono de uma loja de carros localizada na mesma rua da escola e que o tinha demitido por o rapaz ter furtado do caixa o dinheiro com que presumivelmente comprou as armas.

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