CM testemunha histórias trágicas de famílias desfeitas.
CM acompanha drama dos refugiados
Os gritos de um refugiado sírio a bordo de um barco grego davam o alerta: "Faltam quatro, faltam quatro. A minha família ainda está no barco. Vão buscá-los, por favor." Mas ninguém conseguiu. Pelo menos a tempo de salvar três filhos e a mulher deste homem. O barco onde seguiam virou-se a meio caminho entre a Turquia e a Grécia.
No local estava já a Guarda Costeira grega, que nada conseguiu fazer para impedir o afogamento de uma menina com um ano, um rapaz de três, uma adolescente e uma mulher (a mãe) – uma história trágica presenciada pela reportagem do CM, entre outras, de esperança, que nos marcam e que têm sido escritas pelas equipas da Polícia Marítima em missão em Lesbos.
Nas últimas três semanas, já resgataram do mar 600 pessoas – sendo que mais de 150 são crianças e muitas ainda bebés de meses. Responderam a três casos de emergência médica com sucesso e detiveram três traficantes turcos. Há dias, receberam um louvor.
Mas estes números são os que menos marcam. Fazem parte da missão, dizem. O número mais marcante até agora é o "dois": das duas crianças ainda bebés que retiraram do mar com as próprias mãos e que tinham morrido afogadas nos braços da mãe.
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