Militares leais a Maduro abriram fogo e incendiaram três camiões de ajuda humanitária.
1 / 25
Pelo menos 285 pessoas ficaram este sábado feridas durante distúrbios registados durante a entrada de ajuda humanitária na Venezuela junto à fronteira com a Colômbia, revelou o ministro dos Negócios Estrangeiros colombiano, Carlos Holmes Trujillo.
"Estes atos que violam os direitos humanos ocorridos em território venezuelano causaram até ao momento 285 feridos", afirmou o ministro.
O deputado da Assembleia Nacional da Venezuela (dominada pela oposição), Juan Andrés Mejía, relatou ainda que na localidade venezuelana de Santa Elena de Uairén, junto à fronteira com o Brasil, verificou-se "um massacre contra o povo indígena", dando conta de "quatro pessoas assassinadas e mais de 20 feridos por balas".
Anteriormente, as forças de segurança colombianas tinham indicado a existência de 43 feridos, todos eles venezuelanos, em confrontos na principal ponte que liga a Colômbia à Venezuela.
1 / 36
Os confrontos acontecem no dia da chegada de ajuda humanitária à Venezuela e juntam-se a outros atos violentos ocorridos junto à fronteira do país com a Colômbia e o Brasil.
A tensão entre militares e população tem vindo a aumentar à medida que Juan Guaidó força a entrada de ajuda humanitária na Venezuela e Nicolàs Maduro nega a entrada dessa mesma ajuda.
Forças leais a Maduro chegaram mesmo a queimar três camiões de ajuda humanitária que passaram a fronteira, segundo avança a imprensa venezuelana. A registar há pelo menos 10 feridos à medida que a tensão aumenta.
Maduro corta relações diplomáticas com a Colômbia e expulsa funcionários da embaixada colombiana
A deserção do Major-general do exército Hugo Enrique Parra Martínez fez com que outros 13 militares lhe seguissem as pisadas abandonando o regime de Nicolàs Maduro, segundo avança a AFP. Os desertores rumaram para a Colômbia para se juntar a Juan Guaidó na luta por uma "Venezuela livre".Perante o cenário vivido no país que preside, Nicolàs Maduro afirma que vai cortar relações diplomáticas com a Colômbia e explusou os funcionários da embaixada colombina na Venezuela.
"Decidi romper todas as relações políticas e diplomáticas com a Colômbia. Não se pode aceitar que continuem a disponibilizar o território colombiano para provocações contra a Venezuela", disse.
O anúncio teve lugar em Caracas, na Avenida Urdaneta (nas proximidades do palácio presidencial de Miraflores) perante milhares de simpatizantes que hoje efetuaram uma marcha em defesa da revolução bolivariana.
Ajuda humanitária atravessou fronteira
Juan Guaidó anunciou através do Twitter que já entrou um camião com ajuda humanitária na Venezuela. O presidente interino venezuelano sublinha ainda que esta é uma grande conquista para o país.
"Anunciamos oficialmente que a primeira remessa de ajuda humanitária já entrou pela nossa fronteira com o Brasil", escreveu Guaidó na rede social.
Atualmente, Juan Guaidó encontra-se na cidade colombiana de Cúcuta, onde assistiu, na fronteira, à partida simbólica de camiões com ajuda humanitária para a Venezuela.
População venezuelana e militares em confrontos junto à fronteira com a Colômbia
Na cidade de Ureña a tensão aumentou, depois de a população se deparar com o bloqueio de ajuda humanitária. Nicolàs Maduro encerrou a fronteira esta quinta-feira com o Brasil e na sexta-feira com a Colômbia e justificou que tal decisão se devia "às ameaças" contra a sua soberania.
1 / 9
Sem adiantar mais informação, a AFP refere apenas que os militares governamentais dispersaram os manifestantes do local com recurso ao lançamento de gás lacrimogéneo.
Guaidó diz ter deixado Venezuela graças a Forças Armadas
Juan Guaidó, o autoproclamado presidente da Venezuela, diz ter conseguido aterrar na Colômbia apesar de estar proibido de viajar graças a elementos das Forças Armadas do seu país – que já declararam o apoio a Maduro.
Guaidó, que foi reconhecido por 50 governos como o presidente interino da Venezuela, está em Cúcuta onde assistiu ao concerto Venezuela Aid Live. Este evento de apoio à oposição venezuelana realizou-se junto à Ponte Internacional Tienditas, na Colômbia. Precedeu a entrada prevista de ajuda humanitária na Venezuela. Na Colômbia, estão armazenadas toneladas de alimentos e medicamentos.
"A pergunta é como chegámos aqui hoje quando proibiram o espaço aéreo, impedindo qualquer tipo de viagem marítima, criando obstáculos nas estradas (...) Estamos aqui precisamente porque as Forças Armadas também participaram nesse processo", explicou Guaidó.
No final de janeiro, o Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela (STJ) proibiu Guaidó de sair do país, de alienar e hipotecar as propriedades, e bloqueou as suas contas em território venezuelano. Mas Guaidó saiu do país, e encontrou-se na Colômbia com um grupo de eurodeputados - entre eles, Paulo Rangel:
O presidente interino da Venezuela foi recebido por Iván Duque, presidente da Colômbia, Sebastián Piñera, presidente do Chile e Mario Abdo Benítez, presidente do Paraguai. Também estava presente Luís Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos.
Este sábado, dia 23 de fevereiro, foi a data apontada por Guaidó como a da entrada de ajuda humanitária na Venezuela. Contudo, o governo de Maduro fechou as fronteiras com a Colômbia: uma das três pontes que liga os dois países foi bloqueada com contentores. As outras duas estão fechadas ao trânsito há vários anos.
Porém, a oposição venezuelana quer criar correntes humanas que permitam o transporte dos alimentos e fármacos.
Esta sexta-feira, duas pessoas morreram durante os conflitos entre militares e populações indígenas da Venezuela junto à fronteira do país com o Brasil.
"O que eles mostraram foi o rosto das mães venezuelanas"
Na rede social Twitter, Juan Guaidó confessou que tudo o que foi mostrado foi "o rosto das mães venezuelanas" durante o confronto.
"Essas mães venezuelanas têm força para lamentar a fome dos seus filhos", escreveu o presidente interino da Venezuela.
Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?
Envie para geral@cmjornal.pt
o que achou desta notícia?
concordam consigo
A redação do CM irá fazer uma avaliação e remover o comentário caso não respeite as Regras desta Comunidade.
O seu comentário contem palavras ou expressões que não cumprem as regras definidas para este espaço. Por favor reescreva o seu comentário.
O CM relembra a proibição de comentários de cariz obsceno, ofensivo, difamatório gerador de responsabilidade civil ou de comentários com conteúdo comercial.
O Correio da Manhã incentiva todos os Leitores a interagirem através de comentários às notícias publicadas no seu site, de uma maneira respeitadora com o cumprimento dos princípios legais e constitucionais. Assim são totalmente ilegítimos comentários de cariz ofensivo e indevidos/inadequados. Promovemos o pluralismo, a ética, a independência, a liberdade, a democracia, a coragem, a inquietude e a proximidade.
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza expressamente o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes ou formatos actualmente existentes ou que venham a existir.
O propósito da Política de Comentários do Correio da Manhã é apoiar o leitor, oferecendo uma plataforma de debate, seguindo as seguintes regras:
Recomendações:
- Os comentários não são uma carta. Não devem ser utilizadas cortesias nem agradecimentos;
Sanções:
- Se algum leitor não respeitar as regras referidas anteriormente (pontos 1 a 11), está automaticamente sujeito às seguintes sanções:
- O Correio da Manhã tem o direito de bloquear ou remover a conta de qualquer utilizador, ou qualquer comentário, a seu exclusivo critério, sempre que este viole, de algum modo, as regras previstas na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, a Lei, a Constituição da República Portuguesa, ou que destabilize a comunidade;
- A existência de uma assinatura não justifica nem serve de fundamento para a quebra de alguma regra prevista na presente Política de Comentários do Correio da Manhã, da Lei ou da Constituição da República Portuguesa, seguindo a sanção referida no ponto anterior;
- O Correio da Manhã reserva-se na disponibilidade de monitorizar ou pré-visualizar os comentários antes de serem publicados.
Se surgir alguma dúvida não hesite a contactar-nos internetgeral@medialivre.pt ou para 210 494 000
O Correio da Manhã oferece nos seus artigos um espaço de comentário, que considera essencial para reflexão, debate e livre veiculação de opiniões e ideias e apela aos Leitores que sigam as regras básicas de uma convivência sã e de respeito pelos outros, promovendo um ambiente de respeito e fair-play.
Só após a atenta leitura das regras abaixo e posterior aceitação expressa será possível efectuar comentários às notícias publicados no Correio da Manhã.
A possibilidade de efetuar comentários neste espaço está limitada a Leitores registados e Leitores assinantes do Correio da Manhã Premium (“Leitor”).
Ao comentar, o Leitor está a declarar que é o único e exclusivo titular dos direitos associados a esse conteúdo, e como tal é o único e exclusivo responsável por esses mesmos conteúdos, e que autoriza o Correio da Manhã a difundir o referido conteúdo, para todos e em quaisquer suportes disponíveis.
O Leitor permanecerá o proprietário dos conteúdos que submeta ao Correio da Manhã e ao enviar tais conteúdos concede ao Correio da Manhã uma licença, gratuita, irrevogável, transmissível, exclusiva e perpétua para a utilização dos referidos conteúdos, em qualquer suporte ou formato atualmente existente no mercado ou que venha a surgir.
O Leitor obriga-se a garantir que os conteúdos que submete nos espaços de comentários do Correio da Manhã não são obscenos, ofensivos ou geradores de responsabilidade civil ou criminal e não violam o direito de propriedade intelectual de terceiros. O Leitor compromete-se, nomeadamente, a não utilizar os espaços de comentários do Correio da Manhã para: (i) fins comerciais, nomeadamente, difundindo mensagens publicitárias nos comentários ou em outros espaços, fora daqueles especificamente destinados à publicidade contratada nos termos adequados; (ii) difundir conteúdos de ódio, racismo, xenofobia ou discriminação ou que, de um modo geral, incentivem a violência ou a prática de atos ilícitos; (iii) difundir conteúdos que, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, tenham como objetivo, finalidade, resultado, consequência ou intenção, humilhar, denegrir ou atingir o bom-nome e reputação de terceiros.
O Leitor reconhece expressamente que é exclusivamente responsável pelo pagamento de quaisquer coimas, custas, encargos, multas, penalizações, indemnizações ou outros montantes que advenham da publicação dos seus comentários nos espaços de comentários do Correio da Manhã.
O Leitor reconhece que o Correio da Manhã não está obrigado a monitorizar, editar ou pré-visualizar os conteúdos ou comentários que são partilhados pelos Leitores nos seus espaços de comentário. No entanto, a redação do Correio da Manhã, reserva-se o direito de fazer uma pré-avaliação e não publicar comentários que não respeitem as presentes Regras.
Todos os comentários ou conteúdos que venham a ser partilhados pelo Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã constituem a opinião exclusiva e única do seu autor, que só a este vincula e não refletem a opinião ou posição do Correio da Manhã ou de terceiros. O facto de um conteúdo ter sido difundido por um Leitor nos espaços de comentários do Correio da Manhã não pressupõe, de forma direta ou indireta, explícita ou implícita, que o Correio da Manhã teve qualquer conhecimento prévio do mesmo e muito menos que concorde, valide ou suporte o seu conteúdo.
ComportamentoO Correio da Manhã pode, em caso de violação das presentes Regras, suspender por tempo determinado, indeterminado ou mesmo proibir permanentemente a possibilidade de comentar, independentemente de ser assinante do Correio da Manhã Premium ou da sua classificação.
O Correio da Manhã reserva-se ao direito de apagar de imediato e sem qualquer aviso ou notificação prévia os comentários dos Leitores que não cumpram estas regras.
O Correio da Manhã ocultará de forma automática todos os comentários uma semana após a publicação dos mesmos.
Para usar esta funcionalidade deverá efetuar login.
Caso não esteja registado no site do Correio da Manhã, efetue o seu registo gratuito.
Escrever um comentário no CM é um convite ao respeito mútuo e à civilidade. Nunca censuramos posições políticas, mas somos inflexiveis com quaisquer agressões. Conheça as
Inicie sessão ou registe-se para comentar.