Votação para as eleições presidenciais fechou às 17h00 locais (18h00 em Lisboa).
Poucos minutos depois do fecho das mesas de voto em São Tomé e Príncipe, meia-dúzia de pessoas esperam para votar na escola 1.º de Junho, na capital são-tomense, mas muitas outras mantêm-se ali para acompanhar a contagem dos votos.
A votação para as eleições presidenciais fechou às 17h00 locais (18h00 em Lisboa), mas nos locais de voto visitados pela Lusa, na capital e arredores, não havia filas de eleitores à espera da sua vez para votar.
Muitas pessoas esperavam, encostadas à janela das salas de aula onde decorreu a votação, a abertura de urnas.
Euclides Lisboa faz parte da campanha de Abel Bom Jesus, um dos 19 candidatos às presidenciais são-tomenses.
Uma vez que apenas cinco delegados das campanhas podem acompanhar a contagem em cada mesa de voto, o apoiante de Abel Bom Jesus vai fazê-lo do lado de fora da sala.
"Tenho de pegar informação aqui e ali", disse, apontando para outra mesa de voto, ao lado.
"É preciso fazer o trabalho bem feito", diz um jovem, apoiante de Carlos Vila Nova, candidato apoiado pela Ação Democrática Independente (ADI, oposição), adiantando que não é a primeira vez que acompanha a contagem: "Sempre controlamos".
Questionado se têm receio de fraude, responde: "Em São Tomé e Príncipe?". Atira os braços para cima e benze-se.
"Não se importam de pegar umas moedinhas", comenta, numa alusão a subornos para alterar os votos.
Está confiante na vitória de Vila Nova. Exibe o cartão de eleitor e diz: "Sempre que este cartão saiu de casa foi para ganhar".
Na capital, na escola D. Maria de Jesus, o cenário repete-se.
Vários cidadãos encostam-se à janela da sala de aula, do lado de fora, para acompanhar o processo de abertura das urnas. No interior, encontram-se delegados de candidaturas e elementos da missão de observação eleitoral da Comunidade Económica de Estados da África Central (CEEAC).
"Quero saber quem está a ganhar onde eu voto", comenta um homem.
Do interior, um responsável anuncia que não votaram, naquela mesa, 249 pessoas.
"Xé, muita abstenção", lamenta, antes de explicar: "Este país não está doce. As pessoas vão sair de casa para votar de quatro em quatro anos, de cinco em cinco anos, para quê?".
Um jovem dá outra explicação: "As pessoas estão chateadas. Dezanove candidatos numa ilha? Não faz sentido".
Na rua, outro grupo de pessoas segue com atenção a votação.
"Este país tem muita falcatrua", reclama uma mulher.
Entre eles, um rapaz aponta num caderno os votos que cada candidato teve.
"Carlos Vila Nova", anuncia um homem, lá dentro, exibindo o boletim de voto. "Vira para nós", pede outra mulher. Todos repetem o nome: "Carlos Vila Nova".
"E vão oito", diz um deles. Outro corrige: "Não, já são nove".
Pelo menos naquela mesa, era ele o vencedor, poucos minutos depois do início da contagem.
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