Cheias mataram pelo menos 172 pessoas, deixaram 44 desaparecidas e mais de 650 mil desalojadas.
A cidade de Porto Alegre, capital do estado brasileiro do Rio Grande do Sul, atingido desde o final de Abril pelas maiores cheias da sua história, que mataram pelo menos 172 pessoas, deixaram 44 desaparecidas e mais de 650 mil desalojadas, começou a retomar o serviço de transportes coletivos, tentando ajudar o recomeço da vida dos seus quase um milhão e meio de moradores. O serviço ainda é parcial, mas já levou um alívio aos utentes depois de 85% da cidade ter ficado debaixo de água desde o passado dia 3 de Maio, cinco dias após o início dos fortes temporais, que começaram em 29 de Abril no centro do estado.
Esta quarta-feira, 05 de Junho, os dois maiores terminais dos transportes coletivos no centro histórico de Porto Alegre foram reabertos e voltaram a servir aos moradores, mesmo que parcialmente. Das mais de 5500 viagens que eram feitas todos os dias antes das gigantescas inundações estão a ser feitas perto de 3500, pois a cidade ainda tem áreas inundadas, como o bairro Sarandi, na zona norte.
Na próxima sexta-feira, 07 de Junho, será dado outro grande passo na tentativa de retomada da vida na outrora elegante capital do Rio Grande do Sul, hoje repleta de imagens de destruição e montanhas de lixo e entulho, com a reabertura da Estação Rodoviária Central, também no centro da cidade. A Rodoviária, que foi totalmente tomada pelas águas do Rio Guaíba, que corta Porto Alegre, onde, na verdade, forma um grande lago, ainda está em processo de finalização da limpeza e de reparos, mas sexta voltará a funcionar com 52 linhas entre Porto Alegre e dezenas de outras cidades do Rio Grande do Sul, serviço que também estava interrompido, tanto pelos estragos provocados na estação quanto pelos bloqueios que as cheias provocaram em várias estradas.
Ao mesmo tempo, começou também esta quarta-feira a demolição do primeiro dos três corredores humanitários construídos pela edilidade portoalegrense em carácter emergencial. São estradas feitas com pedras, rochas, cimento e uma fina camada de alcatrão, erguidas a uma altura superior à via original para ficarem acima do nível da cheia, que inundou brutalmente a região central da cidade.
Esses corredores, cada um deles com algumas centenas de metros de comprimento, funcionaram exclusivamente para o tráfego de ambulâncias, carros da polícia e do Exército e camiões com ajuda humanitária enviada por outros estados. Com a saída das águas das cheias da maior parte do centro e a retomada, mesmo que parcial, dos transportes coletivos, essas vias de emergência provisórias deixaram de fazer sentido e, com as ruas secas, agora atrapalhavam mais do que ajudavam.
A área dos transportes de massa que ainda continua totalmente paralisada e sem estimativa de retorno em Porto Alegre é a dos comboios suburbanos. As três principais estações dos comboios de Porto Alegre não foram simplesmente somente afectadas, foram destruídas pela inundação, e os carris também foram bastante danificados, impossibilitando o tráfego ferroviário entre a capital e cidades limítrofes.
Por enquanto, os comboios ligam apenas cinco cidades na região metropolitana de Porto Alegre, entre Canoas e Novo Hamburgo. Mesmo assim, as composições têm de andar em velocidade reduzida nesse trajeto e, uma semana depois de terem voltado a rodar, transportam somente cerca de 20% do número de passageiros que transportavam antes das cheias, e somente em horário igualmente reduzido por questões de segurança.
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