País realiza eleições para escolha do novo chanceler a 26 de setembro.
Os principais candidatos às próximas eleições alemãs que decidem o novo chanceler usam as redes sociais, mas são ainda muito poucos os que tiram o máximo partido delas, apesar das restrições impostas pela pandemia.
Com as restrições impostas para fazer frente à pandemia de covid-19, era expectável que grande parte da campanha funcionasse 'online', mas o politólogo Bendix Hügelmann sustenta que não houve grande evolução em relação às últimas legislativas.
"A maior surpresa para mim é a pouca progressão que os candidatos e políticos fizeram, em relação a 2017, no uso das técnicas à sua disposição. Por exemplo, olhando para o Instagram [rede social], há quatro anos era uma espécie de novidade quando usado para este fim, e foram feitas várias experiências. Esperava que desde então houvesse uma profissionalização do uso desta plataforma e outras", revelou à agência Lusa.
Os motivos, defende o especialista na presença e construção de perfis políticos nas redes sociais, não se prendem apenas com uma questão de idade, apesar de esse ser um aspeto com algum peso.
"Ainda assim, há alguns políticos mais velhos que até usam o TikTok. Acho que está muito mais relacionado com o facto de perceberem (ou não) que o discurso público tem vindo a mudar radicalmente na última década", sublinhou.
"Diria que a maior parte dos deputados, por exemplo, usa e sabe que deve usar redes sociais, mas não tem a consciência da sua importância, e de como tirar o máximo partido delas", acrescentou.
Olaf Scholz, candidato do Partido Social Democrata (SPD), que encabeça pela primeira vez as intenções de voto, de acordo com uma sondagem divulgada na terça-feira, tem mais de 39 mil seguidores no Instagram.
Na sua conta, o também ministro das Finanças divulga discursos, ações de campanha, pontos da agenda e entrevistas.
Já Armin Laschet, candidato da União Democrata-Cristã (CDU), partido de Angela Merkel, junta 73 mil e 600 seguidores, e mostra várias imagens do ministro-presidente da Renânia do Norte-Vestefália acompanhadas de diferentes slogans.
"O partido liberal (FDP) foi o primeiro a dar um uso ao Instagram semelhante ao das celebridades. Utilizam imagens profissionais, como fotógrafos profissionais, criando um estilo único. Christian Lindner, o líder do partido, acabou por criar uma marca própria em 2017 que tem vindo a desenvolver desde então", apontou Bendix Hügelmann.
"Robert Habeck (do partido Verdes) tira fotografias deitado na relva, rodeado de cavalos. Isso pode até já estar muito visto, mas olhando de uma forma objetiva, esta é precisamente a maneira certa de usar o Instagram, por exemplo. Ninguém está interessado em ver um homem ou uma mulher em frente à porta do escritório", explicou.
Para o politólogo, o líder dos Verdes, está a usar esta plataforma de uma forma que os outros não ousam arriscar. Já a colega de partido, e candidata a chanceler, Annalena Baerbock, passou de 70 mil a quase 270 mil seguidores em poucas semanas.
"Mas ela teve problemas em lidar com este novo tipo de interesse. Mudou de algo pessoal para mais profissional, juntando mensagens às suas publicações, por exemplo (...) Isso acabou por tirar a parte divertida (...) As pessoas não estão à espera de ir ao Instagram ver exatamente o mesmo que vêm nos telejornais", considerou.
Bendix Hügelmann assume-se surpreendido que, atravessando uma pandemia, não tenham sido feitos mais esforços por parte dos candidatos para criar uma imagem mais personalizada.
A Alemanha realiza eleições legislativas no próximo dia 26 de setembro.
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