Mulher escreveu-lhe carta a pedir para desistir.
Luaty Beirão cumpre este domingo o 35º dia de greve de fome e o seu estado inspira cada vez mais apreensão. Apesar de o ativista luso-angolano de 33 anos se manter estável, os médicos dizem que pode atingir a qualquer momento o "ponto de não retorno".
"A cada dia que passa, aumenta a nossa preocupação", diz a mulher, Mónica Almeida. Na quinta-feira, Luaty queixou-se de uma dormência e formigueiro prolongados nos membros superiores e inferiores. Os médicos estão preocupados e dizem que "a qualquer momento pode acontecer algo que pode não ser reversível", relatou Mónica Almeida à Lusa.
Luaty Beirão, que foi preso em junho juntamente com outros 14 ativistas por suspeita de planear uma revolta contra o presidente angolano, iniciou a greve de fome a 21 de setembro em protesto contra o não cumprimento dos prazos da prisão preventiva e exige aguardar em liberdade o julgamento, marcado para 16 a 20 de novembro.
Numa carta ao marido, publicada no sábado pelo jornal Expresso, Mónica pede a Luaty para desistir da greve de fome. "Prefiro-te marido, pai e amigo a ter-te como mártir", escreveu. "Sempre te admirei pela tua determinação, sensatez e humildade, força e fé no que acreditas. Quero-te presente e bem vivo para que possas transmitir esses valores à nossa pequena Luena", escreveu ainda, referindo-se à filha do casal.
Clique para aceder à rubrica com a opinião de Octávio Ribeiro, diretor do CM, sobre este tema: Luaty, come, por favor
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