Militares tomaram o poder a 26 de novembro.
O Presidente da República de Transição da Guiné-Bissau, Horta Inta-A, pediu, esta terça-feira, ao Governo que apresente planos com medidas para os próximos 100 dias para o país onde os militares tomaram o poder a 26 de novembro.
O general nomeado Presidente de transição presidiu, esta terça-feira, ao primeiro Conselho de Ministros do Governo de transição, que entretanto nomeou, e deu orientações para a ação governativa.
Horta Inta-A orientou os membros do Governo a apresentarem ao primeiro-ministro, Ilídio Vieira Té, num prazo máximo de uma semana, planos setoriais de medidas a serem implementadas nos próximos cem dias, de acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, lido à comunicação social, em Bissau, pelo porta-voz Abduramane Turé.
O também ministro da Comunicação Social informou que o executivo foi orientado pelo novo líder do país a prosseguir com as obras de construção de estradas que estavam em curso.
O general Horta Inta-A exortou os membros do Governo de transição, instalado por militares após o golpe de Estado do passado dia 26, a evitarem movimentações do pessoal da administração pública, salvo em casos de razões que assim o justifiquem, e centralizarem as receitas do Estado.
Ainda segundo Abduramane Turé, o Presidente de transição guineense orientou o Governo a dar continuidade às obras de construção ou reabilitação de estradas no interior do país, projetos iniciados pelo Presidente deposto, Umaro Sissoco Embaló.
A primeira reunião do Conselho de Ministros do Governo de transição ocorreu no mesmo dia que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) anunciou que está impossibilitada de tornar públicos os resultados das eleições legislativas e presidenciais do passado dia 23, em razão de a sua sede ter sido vandalizada "por homens armados e encapuzados" no passado dia 26.
Na mesma altura, segundo o porta-voz da CNE, o juiz Idriça Djaló, as atas de apuramento regional dos resultados foram confiscadas pelos "invasores" das instalações que também, disse, levaram os equipamentos, documentos e objetos de pertence pessoal das 45 pessoas que se encontravam no local.
A Guiné-Bissau está suspensa da CEDEAO, assim como de outra organização regional, a União Africana, em consequência do golpe de Estado em 26 de novembro, quando um Alto Comando Militar tomou o poder, destituiu o Presidente, Umaro Sissoco Embaló, que deixou o país, e suspendeu o processo eleitoral.
As eleições gerais, presidenciais e legislativas, tinham decorrido sem incidentes em 23 de novembro e, um dia depois, o candidato da oposição, apoiado pelo histórico partido PAIGC, excluído das eleições, Fernando Dias, reclamou vitória na primeira volta sobre Embaló.
Na véspera da divulgação dos resultados oficiais, um tiroteio em Bissau antecedeu a tomada do poder pelo Alto Comando Militar, que nomeou Presidente de transição o general Horta Inta-A.
O general Horta Inta-A anunciou que o período de transição terá a duração máxima de um ano e nomeou como primeiro-ministro e ministro das Finanças Ilídio Vieira Té, antigo ministro de Embaló.
No sábado, foi empossado um novo Governo de transição com nomes do executivo deposto e cinco militares entre os 23 ministros e cinco secretários de Estado.
No golpe, o líder do PAIGC, Simões Pereira, foi detido e a tomada de poder pelos militares está a ser denunciada pela oposição como uma manobra para impedir a divulgação dos resultados eleitorais.
Uma delegação da CEDEAO reuniu-se, na segunda-feira, com as novas autoridades, em Bissau, e, no final do encontro, foi anunciado que os resultados dos contactos serão apresentados à Cimeira de Chefes de Estado e do Governo daquela organização, a 14 de dezembro, onde será analisada a situação da Guiné-Bissau.
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