page view

Primeiro-ministro húngaro mantém na agenda cimeira entre Trump e Putin em Budapeste

Anúncio surge depois de Washington ter anunciado o cancelamento da reunião.

24 de outubro de 2025 às 11:18

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, disse esta sexta-feira que a cimeira entre os Presidentes dos Estados Unidos e da Rússia, "continua na agenda", depois de Washington ter anunciado o cancelamento da reunião de Budapeste.

Os Estados Unidos disseram na quarta-feira que o encontro entre o Presidente norte-americano e o homólogo russo, Vladimir Putin sobre a Ucrânia estava cancelada.

Mesmo assim, o chefe do Executivo húngaro disse que a "cimeira de paz" de Budapeste continua agendada.

Órban, em declarações à rádio pública da Hungria afirmou que os Estados Unidos e a Rússia estão a negociar e podem deslocar-se a Budapeste "a qualquer momento".

"A Hungria está à espera, dado que a conferência de paz pode ser realizada muito rapidamente se for alcançado um acordo", afirmou esta o primeiro-ministro húngaro.

Donald Trump confirmou o cancelamento da reunião planeada com o homólogo russo na Hungria, devido ao impasse nas negociações para pôr fim à invasão russa da Ucrânia e depois de Washington ter imposto sanções contra duas empresas petrolíferas russas.

Orbán disse ainda que a União Europeia (UE) não deve esperar pelas negociações entre Moscovo e Washington, e iniciar os contactos com a Rússia.

Para Orbán, "se a União Europeia não quiser ser excluída das decisões", deve estar presente nas negociações, reiterando que a Hungria não vai envolver-se na guerra.

"Recomendamos que os ucranianos tentem as negociações de paz. Não enviaremos pessoas, não enviaremos armas, não vamos dar dinheiro, mas ajudaremos com prazer ao iniciar um processo de negociação de paz", disse o primeiro-ministro húngaro, que tem criticado a posição da UE.

Por outro lado, Órban afirmou que a situação na Ucrânia está a afetar os fundos necessários para fazer face à crise económica na Europa.

O primeiro-ministro reafirmou que a Hungria não apoia as negociações sobre a adesão da Ucrânia e que não apoia medidas financeiras que "desviem dinheiro húngaro" para a Ucrânia.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 2014, anexando a Península da Crimeia e lançou uma ofensiva de grande escala contra todo o território ucraniano em fevereiro de 2022.

Tem sugestões ou notícias para partilhar com o CM?

Envie para geral@cmjornal.pt

o que achou desta notícia?

concordam consigo

Logo CM

Newsletter - Exclusivos

As suas notícias acompanhadas ao detalhe.

Mais Lidas

Ouça a Correio da Manhã Rádio nas frequências - Lisboa 90.4 // Porto 94.8