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Governo do Sri Lanka avança que massacre foi retaliação contra ataques na Nova Zelândia

Atentados coordenados foram organizados por dois grupos terroristas locais, incluindo o National Thowheeth Jama'ath.

23 de abril de 2019 às 09:58

O governo do Sri Lanka revelou, esta terça-feira, que as primeiras investigações apontam para que os atentados de domingo de Páscoa, que mataram mais de 300 pessoas, tenham sido uma retalização dos ataques contra duas mesquitas no Nova Zelândia. Segundo as declarações de um ministro cingalês, citadas pela Reuters, as autoridades acreditam ainda que o ato terrorista foi prepetrado por dois grupos islâmicos locais, sendo um deles o já falado National Thowheeth Jama'ath. 

No passado dia 15 de março, 50 pessoas perderam a vida e outras tantas ficaram feridas num ataque indiscriminado contra muçulmanos que se encontravam em duas mesquitas em Christchurch, antes da oração do meio-dia. O alegado autor dos ataques, o australiano Brenton Tarrant, foi preso no mesmo dia, tendo sido acusado pela polícia por 50 homicídios e 39 tentativas de homicídio. Publicou um memorando onde declarava o seu ódio aos mulçumanos. 

Também esta terça-feira, o número de mortos nos ataques terroristas subiu para os 321. Segundo o porta-voz da polícia do Sri Lanka, Ruwan Gunasekara, os feridos são "mais de 500". Na sua declaração, o responsável admitiu dificuldades em fornecer dados sobre as vítimas. Na segunda-feira, o ministro do Turismo do Sri Lanka, John Amaratunga, revelou que 39 turistas de várias nacionalidades foram mortos nos atentados em igrejas e hotéis no país, enquanto outros 28 ficaram feridos. Dinamarqueses, australianos, americanos, chineses, japoneses, britânicos, turcos e indianos, além do português Rui Lucas, estão entre os estrangeiros que faleceram domingo. O porta-voz da polícia deu ainda conta da detenção de 40 pessoas no decurso da investigação aos ataques.

Esta terça-feira realizaram-se também os primeiros funerais das vítimas locais dos atentados - uma cerimónia coletiva teve lugar em em Negombo, a norte da capital, Colombo. Cerca das 08h30 locais, assinalou-se um minuto de silêncio em memória de todos os que morreram. O Sri Lanka vive esta terça-feira um dia de luto nacional. 

A capital do país, Colombo, foi alvo de pelo menos cinco explosões no domingo de Páscoa, em quatro hotéis de luxo e uma igreja. Duas outras igrejas foram também alvo de explosões, uma em Negombo, a norte da capital e onde há uma forte presença católica, e outra no leste do país. A oitava e última explosão teve lugar num complexo de vivendas na zona de Dermatagoda.

As primeiras seis explosões ocorreram "quase em simultâneo", pelas 08h45 de domingo (03h15 em Portugal), de acordo com fontes policiais citadas por agências internacionais.

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