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'Provas' de Israel contra Irão não convencem União Europeia

Acusações feitas por Netanyahu não têm nada de novo, diz a UE.

02 de maio de 2018 às 08:42

As alegadas 'provas' de que o Irão mentiu à comunidade internacional e violou os termos do acordo nuclear assinado em 2015, apresentadas segunda-feira pelo primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, não convenceram os países signatários do acordo, com exceção dos EUA, país ao qual a apresentação foi claramente dirigida.

"Não vimos na apresentação do primeiro-ministro Netanyahu qualquer indicação de não cumprimento ou violação, por parte do Irão, dos compromissos assumidos ao abrigo do acordo nuclear", afirmou a chefe da diplomacia da UE, Federica Mogherini.

O Reino Unido garantiu que a comunidade internacional "nunca foi ingénua" quanto às ambições nucleares de Teerão, ao passo que a França frisou que as alegações israelitas apenas reforçam a importância de manter o acordo e as respetivas salvaguardas.

Já Rob Malley, diplomata americano que ajudou a negociar o acordo, diz que as alegações "não têm nada de novo" e "visaram apenas convencer uma pessoa", referindo-se a Donald Trump, que na próxima semana deverá retirar os EUA do acordo.

PORMENORES

AIEA recusa comentar

A Agência Internacional de Energia Atómica, a quem compete fiscalizar o acordo, recusou comentar as alegações mas lembrou que a maior parte das informações já constavam de um relatório publicado por aquela agência em 2015.

"Mentiroso infame"

O Irão chamou "mentiroso infame" ao primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, garantindo que as alegadas "provas" não passam de "histórias velhas, inúteis e vergonhosas" destinadas a convencer Trump a rasgar o acordo nuclear.

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