Numa nova medida para tentar conter os incêndios que devastam a Amazónia e outras regiões do Brasil, o governo do presidente Jair Bolsonaro proibiu esta quinta-feira a prática de queimadas em todo o país. A proibição, válida por 60 dias, só não se aplica aos povos indígenas e em casos em que seja uma medida necessária para controle de pragas.
Não é a prática de queimar a terra para a preparar um novo plantio que está na origem da devastação sem precedentes que a Amazónia sofre, mas a proibição pode ajudar a diminuir os focos de incêndio e a detetar fogos criminosos.
Na semana passada, ante o clamor mundial, Bolsonaro enviou as Forças Armadas para ajudarem a combater incêndios.
Entretanto, continua a novela da aceitação, ou não, pelo Brasil dos 20 milhões de dólares oferecidos pelos países do G7 e que já foi recusada, condicionada e aceite.
Desdizendo o seu porta-voz, Rego Barros, que havia anunciado que o Brasil aceitava a ajuda, Bolsonaro reiterou a sua posição original, de só aceitar se o presidente de França, Emmanuel Macron, com quem tem trocado acusações e ofensas, lhe pedir desculpas.
África arde mais do que a Amazónia Dados de satélite revelados esta semana pela NASA indicam que a África Central está a arder mais do que a floresta amazónica.
Só em Angola e na República Democrática do Congo havia mais de 10 mil incêndios ativos, um número bastante superior aos 2127 fogos registados no mesmo período no Brasil. Peritos indicam, no entanto, que os fenómenos não são comparáveis, já que a maior parte dos incêndios africanos são queimadas controladas.