Em causa os direitos de pesca naquelas águas da ilha.
O Governo britânico disse esta quarta-feira que vai enviar dois navios-patrulha para monitorizar a situação na ilha de Jersey, devido à disputa com França pelos direitos de pesca naquelas águas, depois da saída do Reino Unido da União Europeia.
Um porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson disse que há uma "necessidade urgente de diminuir as tensões e de diálogo entre Jersey e França sobre o acesso à pesca", noticia a Associated Press (AP).
As autoridades de Jersey, a maior das ilhas do Canal da Mancha e uma dependência autónoma da coroa britânica perto da costa do norte de França, acusaram os gauleses de agir de forma desproporcional, depois de Paris ter ameaçado cortar o fornecimento de eletricidade para a ilha.
Jersey e as outras ilhas do Canal da Mancha estão mais próximas da França do que da Grã-Bretanha e, por esse motivo, aquela ilha recebe a maior parte da sua eletricidade de França, fornecida por cabos submarinos.
O ministro do Mar francês, Annick Girardin, avisou na terça-feira que a França estava pronta para tomar "medidas retaliatórias", acusando Jersey de protelar a emissão de licenças para barcos franceses, dentro dos termos do acordo comercial pós-Brexit do Reino Unido com a União Europeia (UE).
A disputa entre os dois países surgiu depois de a ilha ter implementado novos requisitos exigindo que os pescadores apresentem prova das suas atividades piscatórias anteriores, por forma a receberem uma licença para continuar a pescar nas águas de Jersey.
O governo britânico disse hoje que a ameaça francesa era "claramente inaceitável e desproporcional" e que estava a trabalhar com a UE e Jersey sobre a questão da pesca após o fim do período de transição do Brexit.
O porta-voz de Boris Johnson disse que "qualquer bloqueio seria completamente injustificado" e que o Reino Unido vai enviar dois navios da Marinha como "medida de precaução".
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Jersey, o senador Ian Gorst, disse que Jersey estava apenas a seguir as novas regras que entraram em vigor na semana passada.
"Esta não é a primeira ameaça que os franceses fazem a Jersey ou ao Reino Unido desde que estamos neste novo acordo", disse Gorst à BBC, considerando "desproporcionais" as exigências francesas.
A Grã-Bretanha é responsável pelas relações externas da ilha, embora Jersey não seja tecnicamente parte do Reino Unido, mas sim uma dependência autónoma britânica, com a sua própria administração e legislatura eleita.
O porta-voz do Governo francês, Gabriel Attal, recusou-se hoje a comentar a questão da eletricidade, mas expressou a "determinação total" da França em implementar o acordo pós-Brexit com o Reino Unido, especialmente em relação à indústria pesqueira.
"Continuaremos a fazer tudo o que pudermos para garantir que este acordo seja respeitado", garantiu o porta-voz.
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