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Relatora da ONU condena ataques a jornalista da Al Jazeera em Gaza

Ainda esta quinta-feira o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos anunciou que o número de jornalistas mortos em Gaza às mãos do exército israelita desde outubro de 2023 ascende a 232.

31 de julho de 2025 às 16:16

A relatora da ONU para a liberdade de imprensa, Irene Khan, condenou esta quinta-feira os ataques na internet, por militares israelitas, contra o jornalista da Al Jazeera Anas al-Sharif, como uma "tentativa flagrante" de silenciar o seu trabalho.

Khan manifestou, através de um comunicado, preocupação por militares israelitas terem repetidamente acusado Al-Sharif e outros jornalistas palestinianos de serem terroristas ou simpatizantes do movimento islamita palestiniano Hamas, sem apresentarem quaisquer provas que sustentem essas afirmações.

"Os receios quanto à segurança de al-Sharif têm fundamento, uma vez que existem provas crescentes de ataques e assassinatos de jornalistas em Gaza por parte do exército israelita, com base em alegações não fundamentadas de que eram terroristas do Hamas", sublinhou Khan.

A relatora das Nações Unidas recordou que Israel continua a recusar a entrada de jornalistas internacionais em Gaza, ao mesmo tempo que "difama impiedosamente, ameaça, obstrui, visa e assassina os poucos jornalistas locais que continuam a ser as únicas testemunhas do genocídio perpetrado no estrangeiro".

Estes ataques "fazem parte de uma estratégia israelita deliberada para suprimir a verdade, obstruir a documentação dos crimes e enterrar qualquer possibilidade de responsabilização no futuro", acrescentou.

Ainda esta quinta-feira o Sindicato dos Jornalistas Palestinianos anunciou que o número de jornalistas mortos em Gaza às mãos do exército israelita desde outubro de 2023 ascende a 232, numa reação à morte, na quarta-feira, do fotojornalista Ibrahim Hajjaj.

O sindicato lamentou a morte de Hajjaj, vítima de um ataque aéreo israelita na cidade de Gaza, acrescentando que "a sua mensagem continuará viva", num comunicado divulgado hoje pela agência oficial palestiniana, Wafa.

A guerra em curso em Gaza foi desencadeada pelos ataques liderados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, que causaram cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

A retaliação de Israel já provocou mais de 60 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

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