Mulheres e meninas transgénero não poderão competir em equipas desportivas escolares femininas de acordo com um projeto de lei.
Mulheres e meninas transgénero não poderão competir em equipas desportivas escolares femininas de acordo com um projeto de lei proposto por um comité do estado da Florida, Estados Unidos.
"O ato é pró-mulheres e pró-meninas e só reconhece as diferenças biológicas entre homens e mulheres", explica a deputada republicana Kaylee Tuck, patrocinadora do projeto.
O projeto, chamado de Justiça no Desporto Feminino, exige que qualquer participante feminino no ensino básico, secundário ou universitário esteja biologicamente qualificada para o fazer.
Se questionadas, as atletas femininas teriam de obter a confirmação de um profissional de saúde de que são, de facto, mulheres, o que pode incluir um exame médico aos seus órgãos genitais.
Os representantes do partido Democrata criticam duramente a proposta, classificando-a de discriminatória contra as jovens e mulheres transgénero.
Os republicanos no Congresso e mais de 20 legisladores estaduais estão a pressionar no sentido de proibições semelhantes, embora os apoiantes desta corrente, incluindo Tuck, não tenham sido capazes de citar exemplos de como a participação de estudantes transgéneros esteja a causar problemas no desporto do país.
Tuck usou o exemplo de Allyson Michelle Félix, velocista multicampeã olímpica e mundial norte-americana, competidora nos 100, 200 e 400 metros, que conta com 25 medalhas -- 18 das quais de o ouro - entre Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais de Atletismo.
"Allyson Felix é a mulher mais rápida do mundo... mas ainda assim a sua melhor marca pessoal nos 400 metros pode ser batida por centenas de rapazes do ensino médio. Se permitirmos que os machos biológicos compitam em eventos atléticos contra as fêmeas biológicas, talvez nunca mais vejamos outra Allyson Félix", justificou Tuck.
A deputada democrata Marie Paule Woodson alertou para o facto de o projeto de lei ser "perigoso", considerando que pode levar a um ataque a um grupo já de si vulnerável.
"Os transgéneros foram ridicularizados, sofreram bullying, são odiados por tantos, e se estamos a falar sobre amor -- amar-nos uns aos outros -- este não deve ser baseado na condição de quem você é", disse Woodson, defendendo que este projeto, a avançar, "apenas marginalizará e demonizará a comunidade transgénero".
Legisladores conservadores em todo o país estão a responder a uma ordem executiva do presidente democrata Joe Biden que proíbe a discriminação com base na identidade de género em desportos escolares e em outros lugares, decisão assinada no dia em que assumiu o cargo.
O projeto de lei da Florida tem mais duas etapas até chegar ao senado, que para ação semelhante anterior ainda não promoveu a primeira audição.
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