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REVERENDO ASSASSINO MANDA MATAR POR SMS

A (trágica) história tem todos os ingredientes para se tornar num apelativo argumento à medida de Hollywood. Aconteceu numa aldeia da Suécia e envolve uma complexa teia de amor, ciúme, traição, sexo, homicídio e até religião.

11 de junho de 2004 às 00:00

Um pastor protestante da Igreja Pentecostal está a ser julgado pelo alegado homicídio da primeira mulher, por ter convencido, através de mensagens SMS, a ama dos filhos (e sua amante) a matar a segunda e por ter planeado a tentativa de assassinato de um vizinho para ficar com a esposa deste, com quem mantinha uma relação amorosa.

Os factos ocorreram em Uppsala, cidade a norte da capital sueca, Estocolmo, a qual saltou para as primeiras páginas dos jornais e para o 'prime-time' das televisões. Embora os contornos da história estejam ainda longe de estar esclarecidos, o primeiro dado a reter é o ano de 1999, quando o reverendo Helge Fossmo, de 32 anos, membro da congregação Knutby (pentecostal, de confissão protestante), terá assassinado a sua primeira mulher na banheira.

Na altura, a morte foi considerada acidental (o pastor afirmou então que estava a dormir) mas o caso suscitou dúvidas e o cadáver acabou por ser exumado, o processo judicial reaberto e anexado às últimas acusações.

Contudo, as alegadas acções criminosas do reverendo não se ficam por aqui. Em Janeiro último, Sara Svensson, de 27 anos, ama dos três filhos do pastor, terá sido convencida por este a matar a sua segunda mulher, Alexandra, de 23.

Fossmo negou tudo e fez mesmo recair a culpa sobre a dita ama, com quem mantinha um 'affaire'. O crime foi cometido à noite e merece ser contado. Sara entrou na casa do pastor, abriu a porta da frente, subiu dois lanços de escadas e, friamente, alvejou mortalmente, com uma arma munida de silenciador, Alexandra com dois tiros na cabeça e um no ventre.

MENSAGENS DIVINAS

Apesar da relação com a ama, Fossmo quis iniciar 'nova vida' com a mulher de um vizinho, Daniel Linde, com a qual também mantinha um 'affaire'. Ora, minutos depois de matar Alexandra, Sara terá tentado assassinar Daniel, a mando de Fossmo, alvejando-o. Só que aquele sobreviveu e narrou tudo à polícia.

Um dos pormenores mais interessantes prendem-se com o facto de Sara ter recebido uma série de mensagens SMS anónimas, que acredita terem sido enviadas por Deus. As ditas instigavam-na a cometer os crimes. Fossmo já admitiu ter sido ele a enviá-las.

Segundo a acusação, o pastor usava Sara para cumprir os seus intentos: livrar-se da segunda mulher e "virar-se" para a do vizinho, ao mesmo tempo que prosseguia o seu 'affaire' com Sara, que já confessou o assassinato e a tentativa de homicídio.

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